Brasil - um país de loucos


          O que será que anda acontecendo com a cabeça do brasileiro? O número de atrocidades que vêm acontecendo de uns tempos para cá é exorbitante, parece que a raiva virou o xodó das pessoas e o respeito simplesmente sucumbiu. A intolerância - ou o que chamamos de alteridade - praticamente não existe mais e são poucos os que toleram nos dias de hoje. Se propagam palavras de incentivo em um dia, no outro assassinam friamente alguém. É só abrir o jornal, acessar sites de notícia ou ligar a TV em algum canal de reportagens para ver o quanto o Brasil está louco. E se quem governa não está nem aí, acha mesmo que o governado escolherá o caminho certo a seguir?
          Mulher mata homem; homem mata mulher; mulher mata mulher; homem mata homem. São apenas essas as manchetes das principais notícias na atualidade. Na maior parte das vezes o crime é passional - entrar em um relacionamento atualmente é algo para se pensar triplicado, porque a chance de encontrar um (a) psicopata em seu caminho é enorme, a dificuldade se encontra no mistério, pois, quando descobrir o lado monstruoso e cruel da pessoa, pode ser tarde demais. A vida se tornou algo banal, houve uma desvalorização incomum dela. Já aconteceram casos da pessoa ficar tão fora de si que simplesmente matou a (o) esposa (o) e depois os filhos e até mesmo a sogra e o sogro, ou seja, por causa de uma pessoa descontrolada e cega pelo ciúmes uma família inteira foi assassinada e, como a vida não é mais importante para a pessoa, ela se mata logo em seguida. Casos desse tipo se encontram de monte, diariamente, divulgados como se fosse algo mais comum do mundo como uma simples manchete esportiva.
          O bandido já não quer mais saber de poupar vidas mesmo já tendo roubado o suficiente para ganhar uma grana (ou drogas) em troca. Se um dia for abordado na rua, torça para que seja um assalto limpo (sem armas), caso contrário sua expectativa de vida pode diminuir drasticamente; não reaja ou muito menos tente conversar, pois essas táticas não funcionam mais nessa sociedade doente de ódio que nos encontramos - em casos como esse é dar tudo o que tem, inclusive a alma se necessário, e torcer para que o cidadão desencaminhado esteja em um 'bom dia' - e os assaltantes matam a sangue frio, roubam e assassinam por esporte, por prazer. Compre um jornal do Rio de Janeiro e perceba o quanto  esse ato de furtar leva pertences e vidas pelos cantos da cidade, não apenas nessa mas em muitas outras que possuam o índice de criminalidade mais elevado. Vivemos em uma época em que passear pode partir do lazer para o pavor, tudo isso por conta do descontrole emocional que o ser humano tem passado.
          Decapitações por vinganças, esquartejamentos por causa de brigas e discussões: se parar para observar não parece o Brasil, e sim o Estado Islâmico. Só resta aparecer homens-bomba se auto explodindo por aí, porque de um todo o resto já virou rotina por aqui. Tem família matando membros de outra por causa de vagas de emprego - tudo bem que a crise está grande, mas será mesmo que haja a necessidade de matar por conta disso? - têm crimes de todos os tipos acontecendo por aqui, principalmente ligado ao abuso sexual (seja de criança, ou adulto). O estupro parece que virou moda no país, se masturbar em ônibus e metrôs também parece que virou algo comum - nessas horas não dá para entender o que se passa na mente das pessoas, porque o senso de noção parece não existir e isso serve tanto para esses maníacos punheteiros quanto para quem faz apologias em composições musicais. O Brasil de hoje é uma sociedade psicologicamente transviada, sedenta por ações que culminam o mal e que se submete a agir fora da lei por gostar de propagar o caos.
          As pessoas deviam buscar mais a alteridade para não cair nesse mundo doentio que a sociedade proporciona. Não é preciso aceitar certas ações, mas não é necessário matar por não aceitar. O respeito está cada vez mais longe do dicionário cotidiano do povo brasileiro, nem mesmo nas dramaturgias ou canções essa palavra (de extrema importância humana) não aparece. As notícias não deveriam ser sobre assassinato, roubo, crimes e mais crimes; deveriam ser sobre solidariedade, união  e paz entre as pessoas, uma buscando um modo de ajudar a outra. O ser humano perdeu a sua essência de grupo, tornou-se individualista e, agora, psicopata: mata o outro que pisar em seu caminho a troco de nada, apenas pelo incomodo de dividir o mesmo espaço. Parece até mesmo uma generalização, mas, infelizmente, não é. As notícias e o dia a dia (e o pensamento) das pessoas já demonstram esse comportamento frio e raivoso. Não há hipérbole alguma nesse texto e tudo apontado aqui revela a realidade que o brasileiro enfrenta. A esperança ainda existe? Isso não dá para saber, até porque o descontrole de tudo isso vem desde a época da colonização e muito da culpa dessas atrocidades acontecerem se dá pelo fato do Brasil possuir uma máfia de bandidos no controle. Como que haverá um controle da sociedade se eles não conseguem controlar à si próprios? A frase mais redundante e que mais mostra a realidade que vivemos é aquela breve piada de rede social: "regras do Brasil - não há regras.".   
          
       
       
         

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