Amor de Carnaval
Era começo de ano e Bráulio estava prestes a pedir a mão da sua namorada Jéssica em noivado. Em um restaurante gourmet, de alta classe, ele faz um gesto para que o garçom trouxesse a surpresa - antes já havia combinado com o gerente de o garçom levar a caixinha da aliança até a mesa, no mesmo instante a banda, que tocara naquela noite, interromperia o som para homenagear o casal com a música do dia em que se beijaram pela primeira vez.
Os dois se conheceram em uma micareta, ambiente muito suspeito para se conhecer alguém a ponto de firmar um relacionamento sério. Porém, parecia amor à primeira vista. Bráulio possui um estilo pouco notável, prefere roupas confortáveis como bermudas e camisetas básicas. Ele também não é fã de cortes de cabelo esquisitos como os do Neymar, enfim, um rapaz comum de vinte e cinco anos. Já a Jéssica é do tipo mineira que come quieta. Daquelas que sabe como fazer um homem dizer 'amém' e que sabe rebolar mais do que a Carla Perez na época do É o Tchan. Ela não se valoriza muito e até se acha um pouco, algo absolutamente normal para uma menina de vinte e três anos.
Namoram a quatro anos, pouco tempo para firmar um noivado, porém, Bráulio estava perdidamente enfeitiçado, a ponto de nem reparar nas merdas que Jéssica havia feito, como por exemplo sair em quatro fotos diferentes, em quatro festas diferentes com sempre as mesmas amigas e apenas um único homem, que sempre posa ao lado dela. Bráulio cai no papo que eram apenas confraternizações da turma da faculdade - detalhe é que as amigas da foto nem da mesma faculdade são. Mesmo assim, ele resolveu fazer a surpresa.
BRÁULIO: Hoje é uma data especial para nós, acho que você merece todo o meu respeito e carinho. Não somente para agora, mas espero que por muito mais tempo. Eu te amo muito, Jéssica.
PÉÉÉM. Nessas horas tem de soar a campainha da burrice, pois todos sabemos que Jéssica tá cagando pro que Bráulio está dizendo. Somente está ali porque ele está pagando e a comida é uma das melhores da cidade. E outra, o cara que joga um "eu te amo" aleatório no meio de uma refeição certamente alguma coisa está tramando. Claro que ela sacou a ideia genial.
JÉSSICA: Então, Bráulio, é o seguinte. Eu reparei que você fez um gesto pro garçom e parece que ele está prestes a vir pra cá. Antes de pedir a sobremesa, eu vou dar um pulo no banheiro, tudo bem?
BRÁULIO: Claro, meu amor. Quem sabe quando você voltar algo não esteja diferente.
JÉSSICA: Tá legal, to super ansiosa pra saber o que o garçom vai trazer, hein. Volto já.
O garçom chegou até a mesa e deixou a caixinha com a aliança. Bráulio se ajoelhou. A banda começou a tocar a música. Jéssica nunca mais voltou e ele ficou lá plantado com a caixinha na mão, ao som de Lapada na Rachada. Dessa vez Bráulio foi quem ganhou a lapada, só que na bunda.
Após um mês de sofrimento, praticamente em uma depressão intensa em que ele passava o dia inteiro sob as cobertas, tomando capuccino e assistindo filmes como PS: Eu te Amo e Chocolate. Eis que tocara a campainha de seu apartamento: era o seu melhor amigo, o Matheus. Um cara mais descolado, de vinte e cinco anos também, que curte aquelas roupas coladas, tem um penteado estilo Lucas Lucco e vive postando fotos todo 'enviadado' nas redes sociais. Ele é um daqueles tipos que se acham os picas das galáxias, que chegam em todas as mulheres e que sempre correm atrás de loucura. Era exatamente o arquétipo de alto astral que Bráulio estava precisando.
MATHEUS: Abre aqui, Caráulio!
BRÁULIO: Vai embora, mano. Não estou afim de papo com ninguém.
MATHEUS: Pô, irmão, abre aqui. Tenho uma grande novidade e sei que você vai gostar.
BRÁULIO: É algo sobre a Jéssica?
MATHEUS: Sim, sobre ela mesmo. Abre aqui.
Assim que abriu a porta, Bráulio deu de cara com o Matheus sorrindo feito um idiota e notou que ele segurava um papel em sua mão. O deixou entrar e fechou a porta, com muita vontade de saber qual era a novidade sobre a sua ex amada. Matheus ficou realmente chocado com a má aparência do amigo e reparou que o apartamento estava de pernas pro ar: tudo jogado e muita embalagem de doce e porcarias espalhadas pela sala. Enfim, um apartamento normal de um estudante universitário.
BRÁULIO: Vai logo, me diz o que sabe sobre ela.
MATHEUS: Você acha mesmo que eu sei alguma coisa sobre aquela puta que você namorava, Caráulio. Claro que não. Mas, se eu falasse que não era sobre a danada com certeza você não abriria. Eu vim aqui pra te trazer boas notícias, que vão te animar.
BRÁULIO: Não fala assim dela, ela não é puta.
MATHEUS: Ah para com isso, vai. A mina te meteu uns cinco chifres enquanto vocês namoravam, tirou foto em tudo quanto era lugar em que você nunca estava junto. Tinha sempre um homem do lado dela, inclusive um amigo meu disse ter recebido uns nudes aí e garante que são dela.
BRÁULIO: Vaza da minha casa, Matheus. Não to afim dessas suas calúnias aí.
MATHEUS: Tá bom, Caráulio, eu vou embora. Mas, antes eu quero que pelo menos ouça a notícia, vim aqui pra isso.
BRÁULIO: Não me chama assim, sabe que eu não curto. Meu nome não é Caráulio.
MATHEUS: Caráulio, Bráulio, que diferença faz?! Ambos são nomes pra pênis.
BRÁULIO: Some daqui, mano!
MATHEUS: Calma, tava só zoando. Olha pra isso aqui.
Então, Matheus mostra o papel que estava segurando. Trata-se de uma viagem para a Bahia, uma promoção de carnaval em que a compra dessa excursão tinha direito a um acompanhante, hotel, comida e bebida tudo na faixa, em Salvador. Se existe algo que possa tirar alguém da depressão com certeza seria uma viagem dessas em pleno carnaval.
BRÁULIO: Hoje é uma data especial para nós, acho que você merece todo o meu respeito e carinho. Não somente para agora, mas espero que por muito mais tempo. Eu te amo muito, Jéssica.
PÉÉÉM. Nessas horas tem de soar a campainha da burrice, pois todos sabemos que Jéssica tá cagando pro que Bráulio está dizendo. Somente está ali porque ele está pagando e a comida é uma das melhores da cidade. E outra, o cara que joga um "eu te amo" aleatório no meio de uma refeição certamente alguma coisa está tramando. Claro que ela sacou a ideia genial.
JÉSSICA: Então, Bráulio, é o seguinte. Eu reparei que você fez um gesto pro garçom e parece que ele está prestes a vir pra cá. Antes de pedir a sobremesa, eu vou dar um pulo no banheiro, tudo bem?
BRÁULIO: Claro, meu amor. Quem sabe quando você voltar algo não esteja diferente.
JÉSSICA: Tá legal, to super ansiosa pra saber o que o garçom vai trazer, hein. Volto já.
O garçom chegou até a mesa e deixou a caixinha com a aliança. Bráulio se ajoelhou. A banda começou a tocar a música. Jéssica nunca mais voltou e ele ficou lá plantado com a caixinha na mão, ao som de Lapada na Rachada. Dessa vez Bráulio foi quem ganhou a lapada, só que na bunda.
Após um mês de sofrimento, praticamente em uma depressão intensa em que ele passava o dia inteiro sob as cobertas, tomando capuccino e assistindo filmes como PS: Eu te Amo e Chocolate. Eis que tocara a campainha de seu apartamento: era o seu melhor amigo, o Matheus. Um cara mais descolado, de vinte e cinco anos também, que curte aquelas roupas coladas, tem um penteado estilo Lucas Lucco e vive postando fotos todo 'enviadado' nas redes sociais. Ele é um daqueles tipos que se acham os picas das galáxias, que chegam em todas as mulheres e que sempre correm atrás de loucura. Era exatamente o arquétipo de alto astral que Bráulio estava precisando.
MATHEUS: Abre aqui, Caráulio!
BRÁULIO: Vai embora, mano. Não estou afim de papo com ninguém.
MATHEUS: Pô, irmão, abre aqui. Tenho uma grande novidade e sei que você vai gostar.
BRÁULIO: É algo sobre a Jéssica?
MATHEUS: Sim, sobre ela mesmo. Abre aqui.
Assim que abriu a porta, Bráulio deu de cara com o Matheus sorrindo feito um idiota e notou que ele segurava um papel em sua mão. O deixou entrar e fechou a porta, com muita vontade de saber qual era a novidade sobre a sua ex amada. Matheus ficou realmente chocado com a má aparência do amigo e reparou que o apartamento estava de pernas pro ar: tudo jogado e muita embalagem de doce e porcarias espalhadas pela sala. Enfim, um apartamento normal de um estudante universitário.
BRÁULIO: Vai logo, me diz o que sabe sobre ela.
MATHEUS: Você acha mesmo que eu sei alguma coisa sobre aquela puta que você namorava, Caráulio. Claro que não. Mas, se eu falasse que não era sobre a danada com certeza você não abriria. Eu vim aqui pra te trazer boas notícias, que vão te animar.
BRÁULIO: Não fala assim dela, ela não é puta.
MATHEUS: Ah para com isso, vai. A mina te meteu uns cinco chifres enquanto vocês namoravam, tirou foto em tudo quanto era lugar em que você nunca estava junto. Tinha sempre um homem do lado dela, inclusive um amigo meu disse ter recebido uns nudes aí e garante que são dela.
BRÁULIO: Vaza da minha casa, Matheus. Não to afim dessas suas calúnias aí.
MATHEUS: Tá bom, Caráulio, eu vou embora. Mas, antes eu quero que pelo menos ouça a notícia, vim aqui pra isso.
BRÁULIO: Não me chama assim, sabe que eu não curto. Meu nome não é Caráulio.
MATHEUS: Caráulio, Bráulio, que diferença faz?! Ambos são nomes pra pênis.
BRÁULIO: Some daqui, mano!
MATHEUS: Calma, tava só zoando. Olha pra isso aqui.
Então, Matheus mostra o papel que estava segurando. Trata-se de uma viagem para a Bahia, uma promoção de carnaval em que a compra dessa excursão tinha direito a um acompanhante, hotel, comida e bebida tudo na faixa, em Salvador. Se existe algo que possa tirar alguém da depressão com certeza seria uma viagem dessas em pleno carnaval.
MATHEUS: Bráulio, está vendo isso?
BRÁULIO: Sim. O que tem?
MATHEUS: É a nossa chance de 'despirocar' geral, irmão. Saca só isso! Está tudo incluso para passar todos os dias do carnaval em Salvador. Um hotel massa, comes e bebes à vontade. Imperdível.
BRÁULIO: Muito obrigado, mas não estou afim. Quero passar o carnaval aqui em casa, ainda nem terminei de assistir Gossip Girls.
MATHEUS: Virou gay, foi? Que porra de série é essa?
BRÁULIO: É que tem uma menina muito parecida com a Jéssica nessa série. E até que a trama nem é tão ruim.
MATHEUS: Está ouvindo o que está dizendo? Cara, já faz um mês que essa menina te deixou plantado num puta restaurante chique. Não sei se você já viu, mas tem um vídeo seu no Youtube. Gravaram você chorando que nem uma menininha, ajoelhado com uma aliança na mão e geral zoando porque o tema do seu namoro era lapada na rachada. Sério? Lapada na rachada? Tá de zoeira comigo?
BRÁULIO: Era uma micareta, Matheus. Ou era Lapada na Rachada, ou Chupa que é de Uva. Fazer o que se era a música de casal nossa.
MATHEUS: Você é doente, Bráulio. Enfim, já te mandei a boa e agora não saio daqui sem o seu sim pra essa viagem.
BRÁULIO: Eu não vou, já disse. Além do mais, mesmo que eu quisesse ir infelizmente eu não teria dinheiro para pagar essa viagem, acabei gastando todas as minhas economias com a aliança e com o restaurante.
MATHEUS: Ah, mas é aí que vem a parte boa da notícia. Eu vou pagar a viagem e você vai como meu acompanhante. Tudo bem que você é homem e eu não poderia te pegar durante o voo, mas pelo menos você é o meu melhor amigo e eu não deixaria você de fora. Está tudo na suas mãos e você dizendo sim já corro direto pra essa agência de viagens pra fechar essa excursão.
BRÁULIO: Agradeço muito a sua ajuda e a sua boa vontade, mas eu não vou, Matheus. Não tenho condições psicológicas e físicas para enfrentar o carnaval, muito menos para correr atrás de trio elétrico. Realmente não estou bem para essas coisas, prefiro ficar em casa mesmo.
MATHEUS: Bráulio, meu irmão. Você tem que sair dessa! Está desperdiçando uma oportunidade de se divertir sem gastar nada, em uma das capitais do carnaval, por conta de um namoro furado? Veja bem, você está se afundando aqui e quase nunca vejo você na faculdade. Dá pra ver que andou chorando também e pelo estado em que está esse apartamento, daqui a pouco o Mestre Splinter e as Tartarugas Ninjas vêm morar aqui com você. Eu não quero isso pro meu melhor amigo e, quando olhei esse anúncio, pensei em você na hora, no quanto iria te ajudar. Dá pra trocar PS Eu te Amo pela Dança do Caranguejo, basta você abraçar essa ideia maluca e que seria da hora pra caralho, irmão.
BRÁULIO: Sim. O que tem?
MATHEUS: É a nossa chance de 'despirocar' geral, irmão. Saca só isso! Está tudo incluso para passar todos os dias do carnaval em Salvador. Um hotel massa, comes e bebes à vontade. Imperdível.
BRÁULIO: Muito obrigado, mas não estou afim. Quero passar o carnaval aqui em casa, ainda nem terminei de assistir Gossip Girls.
MATHEUS: Virou gay, foi? Que porra de série é essa?
BRÁULIO: É que tem uma menina muito parecida com a Jéssica nessa série. E até que a trama nem é tão ruim.
MATHEUS: Está ouvindo o que está dizendo? Cara, já faz um mês que essa menina te deixou plantado num puta restaurante chique. Não sei se você já viu, mas tem um vídeo seu no Youtube. Gravaram você chorando que nem uma menininha, ajoelhado com uma aliança na mão e geral zoando porque o tema do seu namoro era lapada na rachada. Sério? Lapada na rachada? Tá de zoeira comigo?
BRÁULIO: Era uma micareta, Matheus. Ou era Lapada na Rachada, ou Chupa que é de Uva. Fazer o que se era a música de casal nossa.
MATHEUS: Você é doente, Bráulio. Enfim, já te mandei a boa e agora não saio daqui sem o seu sim pra essa viagem.
BRÁULIO: Eu não vou, já disse. Além do mais, mesmo que eu quisesse ir infelizmente eu não teria dinheiro para pagar essa viagem, acabei gastando todas as minhas economias com a aliança e com o restaurante.
MATHEUS: Ah, mas é aí que vem a parte boa da notícia. Eu vou pagar a viagem e você vai como meu acompanhante. Tudo bem que você é homem e eu não poderia te pegar durante o voo, mas pelo menos você é o meu melhor amigo e eu não deixaria você de fora. Está tudo na suas mãos e você dizendo sim já corro direto pra essa agência de viagens pra fechar essa excursão.
BRÁULIO: Agradeço muito a sua ajuda e a sua boa vontade, mas eu não vou, Matheus. Não tenho condições psicológicas e físicas para enfrentar o carnaval, muito menos para correr atrás de trio elétrico. Realmente não estou bem para essas coisas, prefiro ficar em casa mesmo.
MATHEUS: Bráulio, meu irmão. Você tem que sair dessa! Está desperdiçando uma oportunidade de se divertir sem gastar nada, em uma das capitais do carnaval, por conta de um namoro furado? Veja bem, você está se afundando aqui e quase nunca vejo você na faculdade. Dá pra ver que andou chorando também e pelo estado em que está esse apartamento, daqui a pouco o Mestre Splinter e as Tartarugas Ninjas vêm morar aqui com você. Eu não quero isso pro meu melhor amigo e, quando olhei esse anúncio, pensei em você na hora, no quanto iria te ajudar. Dá pra trocar PS Eu te Amo pela Dança do Caranguejo, basta você abraçar essa ideia maluca e que seria da hora pra caralho, irmão.
BRÁULIO: A ideia é realmente maluca e eu não sei se meus pais deixariam eu ir. Estou indo mal na faculdade, minha vida está uma merda. Estão até pensando que vou passar o carnaval com eles, por mais que meu pai tenha dito que queria ir para Bombinhas passar o feriado com meus tios.
MATHEUS: Essa é outra coisa que eu ia te falar. Já conversei com os seus pais e eles vão mesmo para Bombinhas e ainda me agradeceram pela generosidade de te propor essa viagem. Tá vendo? Até os seus pais querem que você largue a mão de ficar sofrendo aqui nesse lixo de apartamento pra ir se divertir em alto nível na Bahia. Amigos tem de monte por aí, Caráulio, mas eu to sendo muito mais do que um simples amigo. Vamos nessa, vai.
BRÁULIO: Só vou se eu puder levar meu notebook, pelo menos eu termino de assistir a série nas noites lá.
MATHEUS: Leva o que você quiser, se quiser levar a aliança que gastou uma nota pra lá, leva também. Vai que você faz esquema com algum gringo e ganha mais do que pagou nela.
BRÁULIO: Não vou levar a aliança não. Ela é para a Jéssica, não vou revender e muito menos dar pra outra pessoa.
MATHEUS: Já disse que você é doente? Bom, você vai mesmo?
BRÁULIO: Vou. Mas não vai se animando não. Apenas vou te fazer companhia e lá você vai fazer tudo o que bem entender, mas sem mim. Não to afim de ficar indo em festas ou ficar correndo atrás de trio. E nem vá pensando que eu vou beber, ou sair pegando mulher que nem você faz por aí.
MATHEUS: Na hora que você ver o sol estralando, com aquela vista foda pro mar, um monte de mulher linda e gostosa andando pra lá e pra cá só de biquíni fio dental, aí eu quero ver se pelo menos você não vai querer ir à praia pra tomar uma cerva e aproveitar a vista. E essas festas que você falou que não quer ir são simplesmente as melhores do mundo, muita bebida, o som sempre é axé, que faz todo mundo pular igual retardado e, claro, as mulheres mais lindas de todo canto do planeta estarão lá também. Você vai até esquecer do dragão que botou fogo na sua vida.
BRÁULIO: Duvido muito. Quando partiremos?
O que um bom e verdadeiro amigo não faz pela felicidade do truta fiel, não é mesmo?! Claro que Bráulio juntou as únicas peças de roupa limpas que lhe restavam, colocou em uma mala junto de seu notebook e partiu para o aeroporto com Matheus assim que chegou a data da viagem. Já no avião, notava-se que haviam muitas pessoas rumo a Salvador com o mesmo intuito de festejar o carnaval baiano. Dentre tantas pessoas em um avião lotado, a maioria jovens, o ritmo de festa já começava cedo e durou até a comissária de bordo dar aquela bronca maneira pelo microfone. Viagem um pouco longa sempre tem espaço para bater papo, dormir, ou até mesmo assistir séries.
MATHEUS: Pelo menos tem televisão aqui pra distrair.
BRÁULIO: Não foi a toa que eu trouxe o meu computador. É um saco viagem de avião, ainda mais essas que demoram pra caceta.
MATHEUS: Um saco, mesmo, é assistir essa reprise do jogo entre Ceará e Portuguesa. Você tá assistindo Gossip Girls, seu gay?
BRÁULIO: Não. Comecei a ver How I Met Your Mother agora. É bem engraçado.
MATHEUS: Uma ótima escolha. Tá vendo como está te fazendo bem essa viagem, já até deixou de ser mulherzinha. E se é engraçado por que não está rindo?
BRÁULIO: Acontece que não estou psicologicamente preparado para rir exteriormente, mas juro que estou gargalhando por dentro.
MATHEUS: É bom você transar, isso sim. Homem que fica muito tempo sem sexo começa a ficar lesado e perturbado exatamente como você está.
BRÁULIO: Seria muito bom se rolasse algo, mas a mulher com quem estou aberto a transar não está indo nessa viagem conosco e não sou chegado numa rosca que nem você.
MATHEUS: Ela não está com a gente agora porque deve estar numa suruba louca, regada a Kid Bengala e Trava Anão.
BRÁULIO: Muito engraçado, comediante. Devia dar uma palinha aqui no avião pro povo rir dessas piadas sem graças suas. Não é porque faz dois meses e pouco que eu não transo que eu estou descontente.
MATHEUS: Pera aí. Faz só um mês que ela te largou. Vocês não transavam mais antes disso, então?
BRÁULIO: Não, a gente não transava mais porque ela me falava que o meu pinto era tão pequeno que fazia cócegas nela.
MATHEUS: Minha nossa! Sério isso?
BRÁULIO: Claro que não, né!
MATHEUS: Ah, seu cuzão! Mas é sério, irmão, eu já estava ficando muito preocupado com você, mais do que eu já estou. E chocado, muito chocado.
BRÁULIO: No último mês de namoro, todas as vezes que estávamos juntos não rolava nada. Eu até tentava animar ela, fazia de tudo pra fazer com que ela sentisse vontade, mas ela sempre arrumava uma desculpa. Me falava que não estava afim, ou que estava com dor de cabeça. E foi de uma hora pra outra que começou a acontecer isso.
MATHEUS: E coceira na testa você não sentiu nessas horas? Cheiro de piroca que não fosse a sua?
BRÁULIO: O quê?
MATHEUS: O que eu quero dizer é que essa mina não queria te dar porque ou ela já tinha dado, ou ela estava se guardando pra outra pessoa, seu mané. Me diz, por acaso ela foi embora do seu apartamento alguma vez mais cedo do que o normal?
BRÁULIO: Ela não iria fazer isso comigo. E sim, ela pegou uma mania de ir embora mais cedo às vezes, mas não para me trair. Ela ia cuidar da irmã mais nova quando os pais delas saiam pra dar um rolê.
MATHEUS: A irmã mais nova dela tem quinze anos, Bráulio. A menina tem mais pelo lá em baixo do que você. Eu não acredito que caiu nessa historinha pra boi, no caso você, dormir. Porra Bráulio! Antes eu até te zoava, mas não sabia que no fundo era verdade. Você foi corno demais. Os pais dela devem ter uns sessenta anos cada, eles também não ficam mais dando rolê. Começou o programa Silvio Santos eles já estão roncando.
BRÁULIO: Eles são mesmo um pouco mais velhos, mas isso não os impede de se divertirem. E outra, a irmã dela tem quinze, mas ela é uma irmã super-protetora.
MATHEUS: Não, meu Caráulio, ela não é super protetora. No máximo é super piriguete, ou super prostituta.
Por mais que Matheus estivesse coberto de razão, Bráulio ainda procurou acreditar que a Jéssica fosse uma santa. É de praxe um cara completamente iludido não enxergar a realidade em sua volta, mas ele estava mais do que cego. Ao chegar em Salvador, logo do avião já dava para notar a beleza das praias e dos coqueirais lindos da capital baiana. É de encher de lágrima os olhos de qualquer marmanjo pronto para aterrissar em uma das principais terras do carnaval brasileiro. É quase o mesmo de aterrissar em Nova Iorque em dia de Black Friday.
MATHEUS: Essa é outra coisa que eu ia te falar. Já conversei com os seus pais e eles vão mesmo para Bombinhas e ainda me agradeceram pela generosidade de te propor essa viagem. Tá vendo? Até os seus pais querem que você largue a mão de ficar sofrendo aqui nesse lixo de apartamento pra ir se divertir em alto nível na Bahia. Amigos tem de monte por aí, Caráulio, mas eu to sendo muito mais do que um simples amigo. Vamos nessa, vai.
BRÁULIO: Só vou se eu puder levar meu notebook, pelo menos eu termino de assistir a série nas noites lá.
MATHEUS: Leva o que você quiser, se quiser levar a aliança que gastou uma nota pra lá, leva também. Vai que você faz esquema com algum gringo e ganha mais do que pagou nela.
BRÁULIO: Não vou levar a aliança não. Ela é para a Jéssica, não vou revender e muito menos dar pra outra pessoa.
MATHEUS: Já disse que você é doente? Bom, você vai mesmo?
BRÁULIO: Vou. Mas não vai se animando não. Apenas vou te fazer companhia e lá você vai fazer tudo o que bem entender, mas sem mim. Não to afim de ficar indo em festas ou ficar correndo atrás de trio. E nem vá pensando que eu vou beber, ou sair pegando mulher que nem você faz por aí.
MATHEUS: Na hora que você ver o sol estralando, com aquela vista foda pro mar, um monte de mulher linda e gostosa andando pra lá e pra cá só de biquíni fio dental, aí eu quero ver se pelo menos você não vai querer ir à praia pra tomar uma cerva e aproveitar a vista. E essas festas que você falou que não quer ir são simplesmente as melhores do mundo, muita bebida, o som sempre é axé, que faz todo mundo pular igual retardado e, claro, as mulheres mais lindas de todo canto do planeta estarão lá também. Você vai até esquecer do dragão que botou fogo na sua vida.
BRÁULIO: Duvido muito. Quando partiremos?
O que um bom e verdadeiro amigo não faz pela felicidade do truta fiel, não é mesmo?! Claro que Bráulio juntou as únicas peças de roupa limpas que lhe restavam, colocou em uma mala junto de seu notebook e partiu para o aeroporto com Matheus assim que chegou a data da viagem. Já no avião, notava-se que haviam muitas pessoas rumo a Salvador com o mesmo intuito de festejar o carnaval baiano. Dentre tantas pessoas em um avião lotado, a maioria jovens, o ritmo de festa já começava cedo e durou até a comissária de bordo dar aquela bronca maneira pelo microfone. Viagem um pouco longa sempre tem espaço para bater papo, dormir, ou até mesmo assistir séries.
MATHEUS: Pelo menos tem televisão aqui pra distrair.
BRÁULIO: Não foi a toa que eu trouxe o meu computador. É um saco viagem de avião, ainda mais essas que demoram pra caceta.
MATHEUS: Um saco, mesmo, é assistir essa reprise do jogo entre Ceará e Portuguesa. Você tá assistindo Gossip Girls, seu gay?
BRÁULIO: Não. Comecei a ver How I Met Your Mother agora. É bem engraçado.
MATHEUS: Uma ótima escolha. Tá vendo como está te fazendo bem essa viagem, já até deixou de ser mulherzinha. E se é engraçado por que não está rindo?
BRÁULIO: Acontece que não estou psicologicamente preparado para rir exteriormente, mas juro que estou gargalhando por dentro.
MATHEUS: É bom você transar, isso sim. Homem que fica muito tempo sem sexo começa a ficar lesado e perturbado exatamente como você está.
BRÁULIO: Seria muito bom se rolasse algo, mas a mulher com quem estou aberto a transar não está indo nessa viagem conosco e não sou chegado numa rosca que nem você.
MATHEUS: Ela não está com a gente agora porque deve estar numa suruba louca, regada a Kid Bengala e Trava Anão.
BRÁULIO: Muito engraçado, comediante. Devia dar uma palinha aqui no avião pro povo rir dessas piadas sem graças suas. Não é porque faz dois meses e pouco que eu não transo que eu estou descontente.
MATHEUS: Pera aí. Faz só um mês que ela te largou. Vocês não transavam mais antes disso, então?
BRÁULIO: Não, a gente não transava mais porque ela me falava que o meu pinto era tão pequeno que fazia cócegas nela.
MATHEUS: Minha nossa! Sério isso?
BRÁULIO: Claro que não, né!
MATHEUS: Ah, seu cuzão! Mas é sério, irmão, eu já estava ficando muito preocupado com você, mais do que eu já estou. E chocado, muito chocado.
BRÁULIO: No último mês de namoro, todas as vezes que estávamos juntos não rolava nada. Eu até tentava animar ela, fazia de tudo pra fazer com que ela sentisse vontade, mas ela sempre arrumava uma desculpa. Me falava que não estava afim, ou que estava com dor de cabeça. E foi de uma hora pra outra que começou a acontecer isso.
MATHEUS: E coceira na testa você não sentiu nessas horas? Cheiro de piroca que não fosse a sua?
BRÁULIO: O quê?
MATHEUS: O que eu quero dizer é que essa mina não queria te dar porque ou ela já tinha dado, ou ela estava se guardando pra outra pessoa, seu mané. Me diz, por acaso ela foi embora do seu apartamento alguma vez mais cedo do que o normal?
BRÁULIO: Ela não iria fazer isso comigo. E sim, ela pegou uma mania de ir embora mais cedo às vezes, mas não para me trair. Ela ia cuidar da irmã mais nova quando os pais delas saiam pra dar um rolê.
MATHEUS: A irmã mais nova dela tem quinze anos, Bráulio. A menina tem mais pelo lá em baixo do que você. Eu não acredito que caiu nessa historinha pra boi, no caso você, dormir. Porra Bráulio! Antes eu até te zoava, mas não sabia que no fundo era verdade. Você foi corno demais. Os pais dela devem ter uns sessenta anos cada, eles também não ficam mais dando rolê. Começou o programa Silvio Santos eles já estão roncando.
BRÁULIO: Eles são mesmo um pouco mais velhos, mas isso não os impede de se divertirem. E outra, a irmã dela tem quinze, mas ela é uma irmã super-protetora.
MATHEUS: Não, meu Caráulio, ela não é super protetora. No máximo é super piriguete, ou super prostituta.
Por mais que Matheus estivesse coberto de razão, Bráulio ainda procurou acreditar que a Jéssica fosse uma santa. É de praxe um cara completamente iludido não enxergar a realidade em sua volta, mas ele estava mais do que cego. Ao chegar em Salvador, logo do avião já dava para notar a beleza das praias e dos coqueirais lindos da capital baiana. É de encher de lágrima os olhos de qualquer marmanjo pronto para aterrissar em uma das principais terras do carnaval brasileiro. É quase o mesmo de aterrissar em Nova Iorque em dia de Black Friday.
Pegaram um táxi e foram direto para o hotel. Lá não era bem o mesmo que mostrava no anúncio, pelo menos não esteticamente falando. Não tinha piscina, não tinha sauna, não tinha quadra poliesportiva e também não era exatamente de frente pro mar. Era próximo da praia, mais ou menos uns quatro quarteirões, e o que intrigou ao adentrar o prédio não foram essas coisas supérfluas, mas sim o quarto, em que apenas havia uma cama de casal, um sofá largo e um frigobar.
BRÁULIO: Que bela vista de frente pro mar que a gente tem, hein? Se olhar entre os trocentos outros prédios que estão na frente dá pra gente ver um leve risco azul, que é o mar. Eu fico com a cama de casal, porque ninguém mandou você ir me chamando pra essas viagens furadas. Eu só aceitei vir por livre e espontânea pressão.
MATHEUS: Caralho, irmão. Foda esse quarto, hein?! Não tem nem televisão nessa bodega. Bem que eu devia ter suspeitado que estava barato demais pra tudo o que estava dizendo no anúncio.
BRÁULIO: Desculpa a pergunta, mas quanto foi que custou essa excursão aqui?
MATHEUS: oitocentos reais, mais a taxa de embarque.
BRÁULIO: E você acreditou mesmo que por oitocentos conto a gente ia ficar em um puta hotel resort em Salvador em pleno carnaval?
MATHEUS: Sim, achei que fosse uma boa promoção.
BRÁULIO: No carnaval?
MATHEUS: Sim, ué...
BRÁULIO: Você por acaso é algum tipo de demente, Matheus? Com oitocentos reais não daria pra pagar nem a metade das diárias em um hotel resort que mostrava no anúncio, ainda mais pra duas pessoas, seu energúmeno. Olha que merda de viagem que arrumou pra gente, esse hotel é tão barato que nem tem aqueles sabonetinhos grátis. Se eu pudesse, pegava as malas e voltava agora pra minha casa. Só não volto porque você é meu melhor amigo e gastou seu dinheiro para tentar me ajudar, mesmo que tenha cagado e trazido a gente para esse muquifo que nem ar condicionado tem pra nos acudir nesse calor de cinquenta graus que está fazendo.
MATHEUS: Tudo bem, normal ficar puto da vida. Eu também estou, mas agora que estamos aqui não podemos deixar com que esse lugar estrague a nossa viagem, tá certo?
BRÁULIO: Certo. To morrendo de sede, essas águas que tem aqui no frigobar estão inclusas no pacote, né? Vou até abrir uma pra acabar de vez com essa seca na garganta...
MATHEUS: Não são, não.
BRÁULIO: Ah deixa, então. Eu nem queria mesmo.
Pelo menos no hotel havia um restaurante, por mais que aqueles restaurantes populares, que cobram dois reais a refeição, fossem melhores e mais limpos, eles não tiveram escolha se não fosse aproveitar o que lhes era oferecido lá mesmo. Eram as mesmas comidas no almoço e na janta, todos os dias. A comida era preparada na segunda e ia sendo requentada a sobra até no domingo. Mas, o que importava mesmo é que era carnaval e a curtição tinha de valer a pena.
MATHEUS: Caralho, irmão. Foda esse quarto, hein?! Não tem nem televisão nessa bodega. Bem que eu devia ter suspeitado que estava barato demais pra tudo o que estava dizendo no anúncio.
BRÁULIO: Desculpa a pergunta, mas quanto foi que custou essa excursão aqui?
MATHEUS: oitocentos reais, mais a taxa de embarque.
BRÁULIO: E você acreditou mesmo que por oitocentos conto a gente ia ficar em um puta hotel resort em Salvador em pleno carnaval?
MATHEUS: Sim, achei que fosse uma boa promoção.
BRÁULIO: No carnaval?
MATHEUS: Sim, ué...
BRÁULIO: Você por acaso é algum tipo de demente, Matheus? Com oitocentos reais não daria pra pagar nem a metade das diárias em um hotel resort que mostrava no anúncio, ainda mais pra duas pessoas, seu energúmeno. Olha que merda de viagem que arrumou pra gente, esse hotel é tão barato que nem tem aqueles sabonetinhos grátis. Se eu pudesse, pegava as malas e voltava agora pra minha casa. Só não volto porque você é meu melhor amigo e gastou seu dinheiro para tentar me ajudar, mesmo que tenha cagado e trazido a gente para esse muquifo que nem ar condicionado tem pra nos acudir nesse calor de cinquenta graus que está fazendo.
MATHEUS: Tudo bem, normal ficar puto da vida. Eu também estou, mas agora que estamos aqui não podemos deixar com que esse lugar estrague a nossa viagem, tá certo?
BRÁULIO: Certo. To morrendo de sede, essas águas que tem aqui no frigobar estão inclusas no pacote, né? Vou até abrir uma pra acabar de vez com essa seca na garganta...
MATHEUS: Não são, não.
BRÁULIO: Ah deixa, então. Eu nem queria mesmo.
Pelo menos no hotel havia um restaurante, por mais que aqueles restaurantes populares, que cobram dois reais a refeição, fossem melhores e mais limpos, eles não tiveram escolha se não fosse aproveitar o que lhes era oferecido lá mesmo. Eram as mesmas comidas no almoço e na janta, todos os dias. A comida era preparada na segunda e ia sendo requentada a sobra até no domingo. Mas, o que importava mesmo é que era carnaval e a curtição tinha de valer a pena.
Dos cinco dias de carnaval, o primeiro foi o dia de descobrir Salvador. Uma cidade turística, cheio de atrativos por tudo quanto é canto. Usaram a tarde para conhecer algumas praias, passear no Pelourinho. Conheceram o Elevador Lacerda e, no cair da noite, acabaram no Farol da Barra.
MATHEUS: Da hora demais essa cidade, mesmo, né? Aqui tem muita cultura preservada. Está lotada, quase não conseguimos andar de bondinho.
BRÁULIO: É muita loucura vir pra cá no carnaval sem ao menos estar planejado, muito menos pra dormir mal.
MATHEUS: Larga de choramingar, aqui é muito bonito tudo, desde os bairros até mesmo a mulherada. Um povo muito receptivo e educado, não temos do que reclamar. Você devia largar a mão de ser tonto e ficar aí estragando o nosso astral com seu pessimismo.
BRÁULIO: O povo daqui faz uma recepção calorosa, mesmo. Só que mais caloroso ainda é o quarto de hotel que você arrumou para nós. Fácil pensar positivo quando não sai da cabeça que vamos dormir num calor desse sem ar condicionado.
MATHEUS: Mas no seu apartamento também não tem e você não reclama.
BRÁULIO: Acontece que lá não faz sessenta graus durante a noite, o saco não fica pinicando de calor e não fica escorrendo suor no rego. Em São Paulo mais chove do que faz sol, então não tem comparação.
Um grupo de jovens que estavam passeando por ali chamam a atenção de Matheus, pois haviam apenas dois homens e restante do grupo eram todas mulheres. Se você estiver em uma cidade a passeio e avistar um grupo de pessoas que aparentam ser de outro lugar também, aí está uma boa oportunidade para tentar fazer amizades e procurar saber de algo que esteja rolando. Porque grupos são menos perigosos do que sair abordando pessoas nas ruas para pedir informação. Algo que Matheus aprendeu em várias das suas aventuras pelo Brasil afora.
MATHEUS: Bráulio, bora colar ali naquele pessoal que tá de mochila. Devem ser de algum outro Estado também.
BRÁULIO: Vê se não vai me meter em fria de novo, toma cuidado pra não armar um arrastão pra nós.
MATHEUS: Relaxa, irmão. Eu sei muito bem o que estou fazendo e essa galera aí não tão com jeito de que vão fazer um arrastão.
BRÁULIO: Deus te ouça.
MATHEUS: Oi pessoal, tudo bem com vocês? Desculpa aí por atrapalhar o passeio, mas é que nós estamos meio perdidos aqui em Salvador e vocês parecem já conhecer a cidade.
TURISTA 1: E ai, tudo certo. Então, a gente sempre arma viagens no carnaval mas é a nossa primeira vez aqui em Salvador, também. A gente preferiu conhecer a cidade primeiro pra depois aproveitar o carnaval. Vocês gostariam de saber o que exatamente?
MATHEUS: Da hora demais essa cidade, mesmo, né? Aqui tem muita cultura preservada. Está lotada, quase não conseguimos andar de bondinho.
BRÁULIO: É muita loucura vir pra cá no carnaval sem ao menos estar planejado, muito menos pra dormir mal.
MATHEUS: Larga de choramingar, aqui é muito bonito tudo, desde os bairros até mesmo a mulherada. Um povo muito receptivo e educado, não temos do que reclamar. Você devia largar a mão de ser tonto e ficar aí estragando o nosso astral com seu pessimismo.
BRÁULIO: O povo daqui faz uma recepção calorosa, mesmo. Só que mais caloroso ainda é o quarto de hotel que você arrumou para nós. Fácil pensar positivo quando não sai da cabeça que vamos dormir num calor desse sem ar condicionado.
MATHEUS: Mas no seu apartamento também não tem e você não reclama.
BRÁULIO: Acontece que lá não faz sessenta graus durante a noite, o saco não fica pinicando de calor e não fica escorrendo suor no rego. Em São Paulo mais chove do que faz sol, então não tem comparação.
Um grupo de jovens que estavam passeando por ali chamam a atenção de Matheus, pois haviam apenas dois homens e restante do grupo eram todas mulheres. Se você estiver em uma cidade a passeio e avistar um grupo de pessoas que aparentam ser de outro lugar também, aí está uma boa oportunidade para tentar fazer amizades e procurar saber de algo que esteja rolando. Porque grupos são menos perigosos do que sair abordando pessoas nas ruas para pedir informação. Algo que Matheus aprendeu em várias das suas aventuras pelo Brasil afora.
MATHEUS: Bráulio, bora colar ali naquele pessoal que tá de mochila. Devem ser de algum outro Estado também.
BRÁULIO: Vê se não vai me meter em fria de novo, toma cuidado pra não armar um arrastão pra nós.
MATHEUS: Relaxa, irmão. Eu sei muito bem o que estou fazendo e essa galera aí não tão com jeito de que vão fazer um arrastão.
BRÁULIO: Deus te ouça.
MATHEUS: Oi pessoal, tudo bem com vocês? Desculpa aí por atrapalhar o passeio, mas é que nós estamos meio perdidos aqui em Salvador e vocês parecem já conhecer a cidade.
TURISTA 1: E ai, tudo certo. Então, a gente sempre arma viagens no carnaval mas é a nossa primeira vez aqui em Salvador, também. A gente preferiu conhecer a cidade primeiro pra depois aproveitar o carnaval. Vocês gostariam de saber o que exatamente?
MATHEUS: Então, cara, a gente tava querendo saber aonde que vai rolar alguma festa hoje, trio ou algo do tipo. Quando viemos pra cá disseram que tinha festa todos os dias.
TURISTA 2: A gente tá seguindo o roteiro de um folheto que nos deram sobre os principais eventos da cidade. Daqui a pouco vai começar Daniela Mercury no Porto da Barra, que é uma praia aqui perto. Já estávamos descendo para lá, senão começa a juntar muita gente e nós queremos ficar mais próximo do palco.
MATHEUS: Legal. Vocês tem algum folheto para doar pra gente?
TURISTA 2: Pode ficar com o meu, todos nós temos um, então não vai fazer falta.
MATHEUS: Obrigado, mesmo. Quebrou nosso galho. A gente se vê por aí então, até mais.
Se despedir desse grupo foi difícil, pois a vontade de Matheus era de se juntar àquela galera. Já o Bráulio ainda estava preocupado, pois já era noite quando decidiram ir no show da Daniela Mercury. Ao chegarem no local do evento, muitas pessoas estavam reunidas, uma enorme multidão sobre as areias da praia do Porto da Barra.
BRÁULIO: Não acha perigoso esse show aqui, está muito lotado.
MATHEUS: Curte a viagem, por favor, irmão. Você está se preocupando a toa. Olha toda essa galera, o show ainda nem começou e está todo mundo se divertindo. Tem criança, jovens como nós e até velhos como os seus ex sogros. Então relaxa, Caráulio. Vamos comprar umas cervas e a gente vai se esquentando pra quando começar o show a gente já estar calibrado.
BRÁULIO: A minha sem álcool, por favor.
E começa o show da Daniela, todo mundo pulando até não existir mais força suficiente nas pernas. Os dois tomando todas, desde cerveja até aquelas pingas coloridas e vagabundas. O canto da multidão fazia tremer a areia da praia. Lá pela metade do show, Bráulio já estava bebaço, tanto que já tinha até esquecido de quem era, mas ainda não havia esquecido do maior amor de sua vida e chorou para valer.
BRÁULIO: Como você pôde fazer isso comigo, Jéssica. Você estraçalhou meu coração. Acabou com a minha vontade de viver e a troco de quê? Eu sei que podia ser um homem melhor pra que você pudesse me dar mais amor, que não me abandonasse toda vez em casa. Mas, por que você fez isso comigo?
MATHEUS: Caráulio ráulio ráulio, o que está está fazendo aí rapaz?
BRÁULIO: Falando com a Jéssica, meu amor. Por que fez isso comigo, por quê?
MATHEUS: Mas essa é uma estátua da Daniela Mercury!
BRÁULIO: Não, não... É a Jéssica, aquela ordinária que roubou meu coração e deu pros porco comer.
MATHEUS: Posso até estar bêbado, mas isso aí é uma estátua de algum fan maluco pela cantora. E posso dizer que essa estátua é dez vezes mais gostosa que a vaca da sua ex.
BRÁULIO: Olhando bem aqui, acho que você está com a razão. Realmente eu senti mesmo que as teta tava grande demais. Bora, partiu rolê no farol...
MATHEUS: Não, fica aí sentado que ainda tem show pra caramba. Eu vou buscar mais uma bebida. Você quer alguma coisa?
BRÁULIO: Se tiver, um Chocomilk...
TURISTA 2: A gente tá seguindo o roteiro de um folheto que nos deram sobre os principais eventos da cidade. Daqui a pouco vai começar Daniela Mercury no Porto da Barra, que é uma praia aqui perto. Já estávamos descendo para lá, senão começa a juntar muita gente e nós queremos ficar mais próximo do palco.
MATHEUS: Legal. Vocês tem algum folheto para doar pra gente?
TURISTA 2: Pode ficar com o meu, todos nós temos um, então não vai fazer falta.
MATHEUS: Obrigado, mesmo. Quebrou nosso galho. A gente se vê por aí então, até mais.
Se despedir desse grupo foi difícil, pois a vontade de Matheus era de se juntar àquela galera. Já o Bráulio ainda estava preocupado, pois já era noite quando decidiram ir no show da Daniela Mercury. Ao chegarem no local do evento, muitas pessoas estavam reunidas, uma enorme multidão sobre as areias da praia do Porto da Barra.
BRÁULIO: Não acha perigoso esse show aqui, está muito lotado.
MATHEUS: Curte a viagem, por favor, irmão. Você está se preocupando a toa. Olha toda essa galera, o show ainda nem começou e está todo mundo se divertindo. Tem criança, jovens como nós e até velhos como os seus ex sogros. Então relaxa, Caráulio. Vamos comprar umas cervas e a gente vai se esquentando pra quando começar o show a gente já estar calibrado.
BRÁULIO: A minha sem álcool, por favor.
E começa o show da Daniela, todo mundo pulando até não existir mais força suficiente nas pernas. Os dois tomando todas, desde cerveja até aquelas pingas coloridas e vagabundas. O canto da multidão fazia tremer a areia da praia. Lá pela metade do show, Bráulio já estava bebaço, tanto que já tinha até esquecido de quem era, mas ainda não havia esquecido do maior amor de sua vida e chorou para valer.
BRÁULIO: Como você pôde fazer isso comigo, Jéssica. Você estraçalhou meu coração. Acabou com a minha vontade de viver e a troco de quê? Eu sei que podia ser um homem melhor pra que você pudesse me dar mais amor, que não me abandonasse toda vez em casa. Mas, por que você fez isso comigo?
MATHEUS: Caráulio ráulio ráulio, o que está está fazendo aí rapaz?
BRÁULIO: Falando com a Jéssica, meu amor. Por que fez isso comigo, por quê?
MATHEUS: Mas essa é uma estátua da Daniela Mercury!
BRÁULIO: Não, não... É a Jéssica, aquela ordinária que roubou meu coração e deu pros porco comer.
MATHEUS: Posso até estar bêbado, mas isso aí é uma estátua de algum fan maluco pela cantora. E posso dizer que essa estátua é dez vezes mais gostosa que a vaca da sua ex.
BRÁULIO: Olhando bem aqui, acho que você está com a razão. Realmente eu senti mesmo que as teta tava grande demais. Bora, partiu rolê no farol...
MATHEUS: Não, fica aí sentado que ainda tem show pra caramba. Eu vou buscar mais uma bebida. Você quer alguma coisa?
BRÁULIO: Se tiver, um Chocomilk...
Nesse tempo que Matheus foi buscar as bebidas, uma morena que estava de olho em Bráulio resolveu tomar coragem e foi falar com ele. Só que ela nem notou que ele estava muito bêbado a ponto de não ter uma conversa descente. Quando uma mulher estiver afim de algum homem tem de chegar no cara antes do meio do show. Porque as chances de encontrá-lo sóbrio já são pequenas até mesmo antes de começar a música, mas no meio, ou no final, o cara já está mais louco que o Lobão e as chances de rolar um papo meio bosta são grandes.
MORENA: Oi moço, tudo bem com você?
BRÁULIO: Jéssica é você?
MORENA: Não sou Jéssica, não. Me chamo Rafaela, qual o seu nome?
BRÁULIO: Bráulio, prazer. Rafaela, você lembra minha namorada Jéssica, só que mais escura um pouco.
MORENA: Você tem namorada? Eu não vi nenhuma mulher aqui com você esse tempo todo.
BRÁULIO: Eu tenho, mas ela sumiu no dia que ia pedir a mão dela em noivado. Ela partiu meu coração.
MORENA: Hum, então porque você não deixa eu cuidar de você. Quem sabe você não esquece dela.
BRÁULIO: Ah já saquei. Aposto que foi o Matheuzin que mandou você aqui pra me tentar. Pois avise o Matheus, moça, que essa sua versão 'Jackson Five' da Jéssica não vai me conquistar assim, não.
MORENA: Como é que é?
MATHEUS: Olha só, já vi que fez amizade, Caráulio. Digo, Bráulio. Qual seria o nome da princesa?
MORENA: Ah, vão te catar. Seus racistas nojentos.
MATHEUS: Pera aí, moça, não vai embora não.
BRÁULIO: Já vai tarde.
MATHEUS: O que é que você falou que deixou ela tão puta assim?
BRÁULIO: Eu saquei seu plano maligno de tentar me persuadir com as curvas dessa Jéssica 'black'. Mas não deu certo dessa vez, seu 'pitchulão'.
MATHEUS: Você é mesmo doente! E que porra é essa de pitchulão?
Não deu dois segundos após essas palavras que veio um jato de vomito bem na cara do Matheus. Um ser humano quando fica muito tempo sem beber, apenas comendo porcaria e sem praticar qualquer tipo de exercício físico, corre o risco de dar essa pala toda. Porém, era apenas o primeiro dia de carnaval, só que nem acabou o show e já voltaram para o hotel, porque o camarada não conseguia se quer andar. Se você quer ser amigo de alguém, de verdade mesmo, seja igual o Matheus.
Após uma noite mal dormida, tanto pelo calor, quanto pela embriaguez. O segundo dia dessa viagem maluca começou cedo, exatamente às oito horas da manhã, com a banda Olodum batucando bem em frente ao hotel. A ressaca era tão mortal aquela hora que a cabeça estava prestes a explodir. Só que até que foi bom acordarem cedo, porque a Bahia é para ser aproveitada. Matheus logo tomou um banho e já se aprontou, o duro foi acordar o Bráulio, que deu umas piscadas antes de apagar novamente.
MATHEUS: Acorda seu bêbado! Vai logo, temos que ver o que é essa zona aí na frente do prédio. Levanta, porra!
BRÁULIO: Eu nunca mais vou beber...
MATHEUS: Se arruma rápido, porque a gente tem que aproveitar o café da manhã. Tomara que pelo menos isso preste.
BRÁULIO: Que calor é esse, misericórdia! Agora eu entendo porque não fizeram sauna nessa merda de hotel, porque o quarto já serve como uma.
MATHEUS: Para de reclamar, Caráulio. Tive uma noite bizarra, dormi mal e nem por isso to reclamando feito uma menina.
BRÁULIO: Matheus, eu não lembro de quase nada de ontem. Lembro apenas do Canto da Cidade, que a Daniela tocou umas duas vezes e das bebidas do começo do show. Dei muito trabalho?
MATHEUS: Não, você não deu não, imagina. Tirando o seu showzinho com a estátua de um fan, o fora numa morena gostosa e a gorfada na minha cara, a noite foi realmente massa.
BRÁULIO: Desculpa, mano, não fiz por mal. Nem lembro dessa morena aí, ou da gorfada. Você pegou alguém?
MATHEUS: Até tinha uma menina me paquerando, mas acontece que eu levei uma jorrada de vomito, o que afastou qualquer ser humano que estivesse por perto, menos você, que ficou lá desmaiado em cima de mim.
BRÁULIO: Vou te recompensar por todos esses gestos que tem feito por mim, eu tava precisando mesmo tomar um porre pra esquecer dos problemas.
MATHEUS: Sem viadagem, Caráulio. Tá tudo certo, só cumpri com o meu dever de melhor amigo.
BRÁULIO: Jéssica é você?
MORENA: Não sou Jéssica, não. Me chamo Rafaela, qual o seu nome?
BRÁULIO: Bráulio, prazer. Rafaela, você lembra minha namorada Jéssica, só que mais escura um pouco.
MORENA: Você tem namorada? Eu não vi nenhuma mulher aqui com você esse tempo todo.
BRÁULIO: Eu tenho, mas ela sumiu no dia que ia pedir a mão dela em noivado. Ela partiu meu coração.
MORENA: Hum, então porque você não deixa eu cuidar de você. Quem sabe você não esquece dela.
BRÁULIO: Ah já saquei. Aposto que foi o Matheuzin que mandou você aqui pra me tentar. Pois avise o Matheus, moça, que essa sua versão 'Jackson Five' da Jéssica não vai me conquistar assim, não.
MORENA: Como é que é?
MATHEUS: Olha só, já vi que fez amizade, Caráulio. Digo, Bráulio. Qual seria o nome da princesa?
MORENA: Ah, vão te catar. Seus racistas nojentos.
MATHEUS: Pera aí, moça, não vai embora não.
BRÁULIO: Já vai tarde.
MATHEUS: O que é que você falou que deixou ela tão puta assim?
BRÁULIO: Eu saquei seu plano maligno de tentar me persuadir com as curvas dessa Jéssica 'black'. Mas não deu certo dessa vez, seu 'pitchulão'.
MATHEUS: Você é mesmo doente! E que porra é essa de pitchulão?
Não deu dois segundos após essas palavras que veio um jato de vomito bem na cara do Matheus. Um ser humano quando fica muito tempo sem beber, apenas comendo porcaria e sem praticar qualquer tipo de exercício físico, corre o risco de dar essa pala toda. Porém, era apenas o primeiro dia de carnaval, só que nem acabou o show e já voltaram para o hotel, porque o camarada não conseguia se quer andar. Se você quer ser amigo de alguém, de verdade mesmo, seja igual o Matheus.
Após uma noite mal dormida, tanto pelo calor, quanto pela embriaguez. O segundo dia dessa viagem maluca começou cedo, exatamente às oito horas da manhã, com a banda Olodum batucando bem em frente ao hotel. A ressaca era tão mortal aquela hora que a cabeça estava prestes a explodir. Só que até que foi bom acordarem cedo, porque a Bahia é para ser aproveitada. Matheus logo tomou um banho e já se aprontou, o duro foi acordar o Bráulio, que deu umas piscadas antes de apagar novamente.
MATHEUS: Acorda seu bêbado! Vai logo, temos que ver o que é essa zona aí na frente do prédio. Levanta, porra!
BRÁULIO: Eu nunca mais vou beber...
MATHEUS: Se arruma rápido, porque a gente tem que aproveitar o café da manhã. Tomara que pelo menos isso preste.
BRÁULIO: Que calor é esse, misericórdia! Agora eu entendo porque não fizeram sauna nessa merda de hotel, porque o quarto já serve como uma.
MATHEUS: Para de reclamar, Caráulio. Tive uma noite bizarra, dormi mal e nem por isso to reclamando feito uma menina.
BRÁULIO: Matheus, eu não lembro de quase nada de ontem. Lembro apenas do Canto da Cidade, que a Daniela tocou umas duas vezes e das bebidas do começo do show. Dei muito trabalho?
MATHEUS: Não, você não deu não, imagina. Tirando o seu showzinho com a estátua de um fan, o fora numa morena gostosa e a gorfada na minha cara, a noite foi realmente massa.
BRÁULIO: Desculpa, mano, não fiz por mal. Nem lembro dessa morena aí, ou da gorfada. Você pegou alguém?
MATHEUS: Até tinha uma menina me paquerando, mas acontece que eu levei uma jorrada de vomito, o que afastou qualquer ser humano que estivesse por perto, menos você, que ficou lá desmaiado em cima de mim.
BRÁULIO: Vou te recompensar por todos esses gestos que tem feito por mim, eu tava precisando mesmo tomar um porre pra esquecer dos problemas.
MATHEUS: Sem viadagem, Caráulio. Tá tudo certo, só cumpri com o meu dever de melhor amigo.
Após tomarem o café da manhã, que era tão ruim quanto as demais refeições, eles aproveitaram o final do show do Olodum e foram passar a tarde na praia. Porém, é Salvador e já estavam aquecendo um trio elétrico do Netinho - aquele mesmo que ficou famoso com a música Milla, única que realmente fez sucesso. A galera toda já estava pronta e não eram nem onze horas da manhã. Um monte de gente de tudo quando era estilo. Serpentina, confetes e espuma por todo canto. Ali parecia ter começado de fato o carnaval de Bráulio e Matheus, que não demoraram para abrir mais uma latinha para já curar a ressaca de uma vez.
O trio estava animado, já era quase duas da tarde quando acabou o show e eles foram almoçar no hotel. A única vantagem da hospedagem era que ficava num lugar muito bem localizado, próximo ao centro cultural de Salvador. Haveria outro show no início da noite, do Carlinhos Brown, e ainda deu tempo deles passarem o resto da tarde na praia tomando água de coco e descansando o fígado para a noite. Foi então que passaram, caminhando, duas meninas que chamaram a atenção deles.
BRÁULIO: Eu nunca pensei que fosse dizer isso, mas, estou apaixonado.
MATHEUS: São realmente duas deusas. Uma mais linda que a outra. Não sou de tremer com mulher, mas ao ver essas duas aí me bateu até um mal de parkinson.
BRÁULIO: Eu nunca pensei que fosse dizer isso, mas, que se foda a Jéssica.
MATHEUS: É isso aí, irmão. Temos que conhecer essas duas. Se elas estão caminhando por aqui significa que estão na mesma praia que a gente.
BRÁULIO: Ah, vá. Não brinca! Eu sei que inteligência não é seu forte, mas tem hora que você apela. Vamos ficar de olho porque agora elas já estão longe. Temos de ter a sorte de encontrar elas no show do Brown.
MATHEUS: Pior que vai ter show da MC Ludmila na praia da Boa Viagem. Duvido muito que vai dar gente por aqui, no Brown.
Show de Carlinhos Brown lotadaço, batendo até mesmo recorde de público do carnaval até aquele momento. Nas ruas não havia nem como andar direito, estava pior do que busão lotado às sete da manhã, em São Paulo. E sobre as meninas que os dois ficaram babando: também foram para Salvador em uma excursão de São Paulo. Coincidência, ou não, elas estavam ali com uma galera, porém são amigas inseparáveis, então procuram dar rolês juntas, apenas. Caroline, uma loira de vinte e dois anos, gosta muito de ler e tem uma postura mais intelectual. É adepta desses treinamentos fitness e faz meditação. Já a outra de cabelo bem preto, de tão preto chega a brilhar, chama-se Gina e tem vinte e quatro anos. Ela gosta de cuidar de animais, estuda a maior parte do dia, mas gosta de farrear e possui um humor muito abrangente, ri até mesmo de palhaço sem graça de porta de Mc Donald's. O pessoal restante da excursão delas nem é necessário comentar, porque nem vão aparecer direito nessa estória.
O trio estava animado, já era quase duas da tarde quando acabou o show e eles foram almoçar no hotel. A única vantagem da hospedagem era que ficava num lugar muito bem localizado, próximo ao centro cultural de Salvador. Haveria outro show no início da noite, do Carlinhos Brown, e ainda deu tempo deles passarem o resto da tarde na praia tomando água de coco e descansando o fígado para a noite. Foi então que passaram, caminhando, duas meninas que chamaram a atenção deles.
BRÁULIO: Eu nunca pensei que fosse dizer isso, mas, estou apaixonado.
MATHEUS: São realmente duas deusas. Uma mais linda que a outra. Não sou de tremer com mulher, mas ao ver essas duas aí me bateu até um mal de parkinson.
BRÁULIO: Eu nunca pensei que fosse dizer isso, mas, que se foda a Jéssica.
MATHEUS: É isso aí, irmão. Temos que conhecer essas duas. Se elas estão caminhando por aqui significa que estão na mesma praia que a gente.
BRÁULIO: Ah, vá. Não brinca! Eu sei que inteligência não é seu forte, mas tem hora que você apela. Vamos ficar de olho porque agora elas já estão longe. Temos de ter a sorte de encontrar elas no show do Brown.
MATHEUS: Pior que vai ter show da MC Ludmila na praia da Boa Viagem. Duvido muito que vai dar gente por aqui, no Brown.
Show de Carlinhos Brown lotadaço, batendo até mesmo recorde de público do carnaval até aquele momento. Nas ruas não havia nem como andar direito, estava pior do que busão lotado às sete da manhã, em São Paulo. E sobre as meninas que os dois ficaram babando: também foram para Salvador em uma excursão de São Paulo. Coincidência, ou não, elas estavam ali com uma galera, porém são amigas inseparáveis, então procuram dar rolês juntas, apenas. Caroline, uma loira de vinte e dois anos, gosta muito de ler e tem uma postura mais intelectual. É adepta desses treinamentos fitness e faz meditação. Já a outra de cabelo bem preto, de tão preto chega a brilhar, chama-se Gina e tem vinte e quatro anos. Ela gosta de cuidar de animais, estuda a maior parte do dia, mas gosta de farrear e possui um humor muito abrangente, ri até mesmo de palhaço sem graça de porta de Mc Donald's. O pessoal restante da excursão delas nem é necessário comentar, porque nem vão aparecer direito nessa estória.
Os dois já estavam calibrados de álcool quando o show já estava perto de chegar ao seu final. Em meio a tanta gente, por ironia do destino, ou da sorte, eis que aparece uma das meninas lindas que os encantou com uma simples caminhada na praia. Caroline estava pegando uma bebida no exato momento em que Bráulio a viu, já que eles estavam perto da mesma barraquinha. Era o momento certo para uma tentativa de aproximação.
BRÁULIO: Moça, me vê um chocomilk.
VENDEDORA: Rapaz, não tem essa bebida aqui não, vice.
BRÁULIO: Então me vê o mesmo que essa menina bonita te pediu.
VENDEDORA: Olhe, rapaz, o que essa nega me pediu certamente não vai te agradar. Mas eu faço, vice?!
BRÁULIO: Oi, tudo bem?! Desculpa te incomodar, mas o que por acaso você pediu?
CAROLINE: Está tudo bem sim. Pedi um refrigerante de soda, você gosta?
BRÁULIO: É... Acho que não vai cair bem misturar refrigerante com cerveja. - Moça, esquece a soda e me vê uma cerveja. - Desculpe o incomodo de novo, mas qual o seu nome?
CAROLINE: Me chamo Caroline. Olha, eu quis te zoar, mas você parece ser legal. Vai vodka na minha soda.
BRÁULIO: Moça, cancela a cerveja e me vê de novo a soda. - Obrigado por avisar, estava cometendo um erro terrível.
CAROLINE: E como você se chama?
BRÁULIO: Bráulio, muito prazer.
CAROLINE: Prazer.
BRÁULIO: Você pelo visto não é daqui, pelo sotaque. Está a passeio com a família?
CAROLINE: Não, não. Eu vim em uma excursão com a minha amiga e um pessoal da faculdade. A gente veio de São Paulo.
BRÁULIO: Não brinca, eu também! Quero dizer, também vim de São Paulo com um amigo meu através de uma excursão. Que coincidência, não?!
CAROLINE: É verdade.
BRÁULIO: Tanta gente vem de tanto lugar desse mundo pra passar o carnaval aqui e a gente, da mesma cidade, acaba se trombando. Enfim, só uma observação besta da minha parte.
CAROLINE: Tudo bem é até que sorte mesmo acontecer isso.
BRÁULIO: Desculpa te perguntar de novo, sei que a gente acabou de se conhecer, mas você e sua amiga vieram com uma galera e eu e meu amigo estamos praticamente sozinhos aqui em Salvador. A gente ainda não conheceu ninguém, só que você parece ser legal e será que vira da gente poder se enturmar com o pessoal que você veio?
CAROLINE: Olha, meio complicado esse tipo de coisa porque realmente acabamos de nos conhecer e eu ainda nem sei quem é esse seu amigo. Gostaria mesmo de poder ajudar, mas acho muito difícil de eu levar dois caras do nada lá pro pessoal conhecer, sabe.
BRÁULIO: Tudo bem, eu entendo... Desculpa, qual é o seu nome mesmo?
CAROLINE: Caroline. Relaxa, acontece.
BRÁULIO: Pelo visto eu e o meu amigo vamos continuar a participar dessas festas sozinhos. Mas, eu agradeço por pelo menos ter conhecido alguém da mesma cidade. E você é legal sim, já deu pra ver.
CAROLINE: É verdade. Eu procuro ser a mais sociável possível, mas tem certas coisas que não tem jeito mesmo, me desculpa. Bom, aproveita bem o carnaval aqui.
BRÁULIO: Obrigado, Caroline. Aproveitem bastante você e a sua amiga, também. Até mais.
Temos de ser realista, a vida não é fácil para quem tenta chegar em uma mulher intelectual como a Caroline. Mas nada disso os impediu de curtir o show até o final e depois voltar para o hotel para jantar e descansar de verdade, já que a noite de sono passada havia sido zoada.
BRÁULIO: Moça, me vê um chocomilk.
VENDEDORA: Rapaz, não tem essa bebida aqui não, vice.
BRÁULIO: Então me vê o mesmo que essa menina bonita te pediu.
VENDEDORA: Olhe, rapaz, o que essa nega me pediu certamente não vai te agradar. Mas eu faço, vice?!
BRÁULIO: Oi, tudo bem?! Desculpa te incomodar, mas o que por acaso você pediu?
CAROLINE: Está tudo bem sim. Pedi um refrigerante de soda, você gosta?
BRÁULIO: É... Acho que não vai cair bem misturar refrigerante com cerveja. - Moça, esquece a soda e me vê uma cerveja. - Desculpe o incomodo de novo, mas qual o seu nome?
CAROLINE: Me chamo Caroline. Olha, eu quis te zoar, mas você parece ser legal. Vai vodka na minha soda.
BRÁULIO: Moça, cancela a cerveja e me vê de novo a soda. - Obrigado por avisar, estava cometendo um erro terrível.
CAROLINE: E como você se chama?
BRÁULIO: Bráulio, muito prazer.
CAROLINE: Prazer.
BRÁULIO: Você pelo visto não é daqui, pelo sotaque. Está a passeio com a família?
CAROLINE: Não, não. Eu vim em uma excursão com a minha amiga e um pessoal da faculdade. A gente veio de São Paulo.
BRÁULIO: Não brinca, eu também! Quero dizer, também vim de São Paulo com um amigo meu através de uma excursão. Que coincidência, não?!
CAROLINE: É verdade.
BRÁULIO: Tanta gente vem de tanto lugar desse mundo pra passar o carnaval aqui e a gente, da mesma cidade, acaba se trombando. Enfim, só uma observação besta da minha parte.
CAROLINE: Tudo bem é até que sorte mesmo acontecer isso.
BRÁULIO: Desculpa te perguntar de novo, sei que a gente acabou de se conhecer, mas você e sua amiga vieram com uma galera e eu e meu amigo estamos praticamente sozinhos aqui em Salvador. A gente ainda não conheceu ninguém, só que você parece ser legal e será que vira da gente poder se enturmar com o pessoal que você veio?
CAROLINE: Olha, meio complicado esse tipo de coisa porque realmente acabamos de nos conhecer e eu ainda nem sei quem é esse seu amigo. Gostaria mesmo de poder ajudar, mas acho muito difícil de eu levar dois caras do nada lá pro pessoal conhecer, sabe.
BRÁULIO: Tudo bem, eu entendo... Desculpa, qual é o seu nome mesmo?
CAROLINE: Caroline. Relaxa, acontece.
BRÁULIO: Pelo visto eu e o meu amigo vamos continuar a participar dessas festas sozinhos. Mas, eu agradeço por pelo menos ter conhecido alguém da mesma cidade. E você é legal sim, já deu pra ver.
CAROLINE: É verdade. Eu procuro ser a mais sociável possível, mas tem certas coisas que não tem jeito mesmo, me desculpa. Bom, aproveita bem o carnaval aqui.
BRÁULIO: Obrigado, Caroline. Aproveitem bastante você e a sua amiga, também. Até mais.
Temos de ser realista, a vida não é fácil para quem tenta chegar em uma mulher intelectual como a Caroline. Mas nada disso os impediu de curtir o show até o final e depois voltar para o hotel para jantar e descansar de verdade, já que a noite de sono passada havia sido zoada.
Renovados para o terceiro dia de festa, levantaram cedo e logo já foram pra rua de novo. Com uma latinha na mão cada, saíram pelas ruas de salvador para continuarem a conhecer a cidade. Em uma feirinha compraram aparatos baianos, correntes, pulseiras e algumas lembrancinhas. Deram uma volta no Salvador Norte Shopping. Durante a tarde houve show do trio da Claudia Leitte na Avenida Sete de Setembro, claro que eles não perderiam essa chance.
Uma multidão sem fim andando atrás do trio, dava para notar muito adultério também, pois havia muita pegação. É muito importante a prevenção no carnaval, principalmente em shows que têm muitas pessoas. Não é atoa que Salvador tem alto índice de DSTs e a AIDS é a principal doença a espalhar. E o trio não para até que chegue ao seu destino final. Quero dizer, o trio só para em um único momento.
CLAUDIA LEITTE: Estão todos prontos? Vai arranjando um espaço aí, se der. Porque agora é que vamo fazê mexer esse Salvador. Quem quiser dar a mãozinha pro amigo ao lado pode também. E vambora que vai começar.
BRÁULIO: Dá logo essa mão aí, Matheus, caralha!
MATHEUS: Calma, deixa eu só terminar essa latinha.
CLAUDIA LEITTE: A dança é o seguinte, primeiro vai pro lado direito e depois pro esquerdo, certo. E vamos lá. No três quero ver todo mundo pulando.
BRÁULIO: Dá a mão aqui mulher.
DESCONHECIDA: Tenha calma, homi. Parece que nunca foi em micareta.
BRÁULIO: Larga, sai daqui. - Vem você moça. Não gostei da outra menina, muito chata ela.
CLAUDIA LEITTE: E é um. Um...
MATHEUS: Me dá a mão tia.
DESCONHECIDA2: Nossa que gato! Pra você eu dou mais do que a mão se quiser.
CLAUDIA LEITTE: E vem o dois. Dois...
BRÁULIO: Anda logo Claudinha, que isso aqui não é ano novo não. Tá apertado demais essa porra!
CLAUDIA LEITTE: E Três!
BRÁULIO: Sinto que não vem coisa boa por aí.
CLAUDIA LEITTE: Segura na corda do caranguejo. Segura na ponta do caranguejo...
Nesse momento foi uma loucura só, não tinha ninguém parado. Era pra lá e pra cá, sem fim. Muita gente suada, suja de confete e cheirando a espuma. Carnaval é isso: animação sem fim e fica ainda mais empolgante com milhares de pessoas. Bráulio, pela primeira vez em todos esses anos, soube o que é se divertir de verdade nesse momento, foi a hora que ele caiu em si que estava perdendo tempo ao se deteriorar por causa de uma pessoa que não estava nem aí pra ele. A felicidade de Bráulio, naquele exato momento, era algo deslumbrante para quem visse.
MATHEUS: E aí Caráulio, tá achando massa?
BRÁULIO: Loucura demais isso aqui, Matheuzin. Está mais do que massa. - Pula direito pra lá mulher, tá assada?!
MATHEUS: Eu daria tudo pra voltar aqui e viver isso de novo alguma outra vez. E quero você comigo, irmão.
BRÁULIO: Cara, você é um anjo na minha vida. Eu te amo... Vem cá me dá um beijo.
MATHEUS: Ihh. Sai pra lá, Bráulio. Não vem com essas graças não, mané. Aquela série lá te deixou mais gay do que já era.
BRÁULIO: É zuera, mano. To curtindo muito aqui, qualquer dia farei o mesmo por você. E pra assistir Gossip Girls o cara tem que ser macho pra caralho!
MATHEUS: Macho sim, sei. Olha aquela loirona ali, irmão. Acabando essa dança louca aqui - ai meu pé, tia! - Eu vou lá falar com ela.
BRÁULIO: Menina, desencosta um pouquinho só que já tem confete suado demais vindo na minha boca. - Eu to achando essa loirona aí meio desengonçada, viu. Tem certeza que vai chegar nela?
MATHEUS: Sim. Não tem porque não chegar. E você devia fazer o mesmo também. Mira em uma que te chame a atenção e vai.
BRÁULIO: Sei não, ainda não to preparado pra essas coisas não. Tiro base pelo fora de ontem.
MATHEUS: Relaxa, Caráulio. A mina de ontem só não deu mais trela porque tinha deixado a amiga lá sozinha. Vai na fé que você consegue algo aqui, irmão.
Uma multidão sem fim andando atrás do trio, dava para notar muito adultério também, pois havia muita pegação. É muito importante a prevenção no carnaval, principalmente em shows que têm muitas pessoas. Não é atoa que Salvador tem alto índice de DSTs e a AIDS é a principal doença a espalhar. E o trio não para até que chegue ao seu destino final. Quero dizer, o trio só para em um único momento.
CLAUDIA LEITTE: Estão todos prontos? Vai arranjando um espaço aí, se der. Porque agora é que vamo fazê mexer esse Salvador. Quem quiser dar a mãozinha pro amigo ao lado pode também. E vambora que vai começar.
BRÁULIO: Dá logo essa mão aí, Matheus, caralha!
MATHEUS: Calma, deixa eu só terminar essa latinha.
CLAUDIA LEITTE: A dança é o seguinte, primeiro vai pro lado direito e depois pro esquerdo, certo. E vamos lá. No três quero ver todo mundo pulando.
BRÁULIO: Dá a mão aqui mulher.
DESCONHECIDA: Tenha calma, homi. Parece que nunca foi em micareta.
BRÁULIO: Larga, sai daqui. - Vem você moça. Não gostei da outra menina, muito chata ela.
CLAUDIA LEITTE: E é um. Um...
MATHEUS: Me dá a mão tia.
DESCONHECIDA2: Nossa que gato! Pra você eu dou mais do que a mão se quiser.
CLAUDIA LEITTE: E vem o dois. Dois...
BRÁULIO: Anda logo Claudinha, que isso aqui não é ano novo não. Tá apertado demais essa porra!
CLAUDIA LEITTE: E Três!
BRÁULIO: Sinto que não vem coisa boa por aí.
CLAUDIA LEITTE: Segura na corda do caranguejo. Segura na ponta do caranguejo...
Nesse momento foi uma loucura só, não tinha ninguém parado. Era pra lá e pra cá, sem fim. Muita gente suada, suja de confete e cheirando a espuma. Carnaval é isso: animação sem fim e fica ainda mais empolgante com milhares de pessoas. Bráulio, pela primeira vez em todos esses anos, soube o que é se divertir de verdade nesse momento, foi a hora que ele caiu em si que estava perdendo tempo ao se deteriorar por causa de uma pessoa que não estava nem aí pra ele. A felicidade de Bráulio, naquele exato momento, era algo deslumbrante para quem visse.
MATHEUS: E aí Caráulio, tá achando massa?
BRÁULIO: Loucura demais isso aqui, Matheuzin. Está mais do que massa. - Pula direito pra lá mulher, tá assada?!
MATHEUS: Eu daria tudo pra voltar aqui e viver isso de novo alguma outra vez. E quero você comigo, irmão.
BRÁULIO: Cara, você é um anjo na minha vida. Eu te amo... Vem cá me dá um beijo.
MATHEUS: Ihh. Sai pra lá, Bráulio. Não vem com essas graças não, mané. Aquela série lá te deixou mais gay do que já era.
BRÁULIO: É zuera, mano. To curtindo muito aqui, qualquer dia farei o mesmo por você. E pra assistir Gossip Girls o cara tem que ser macho pra caralho!
MATHEUS: Macho sim, sei. Olha aquela loirona ali, irmão. Acabando essa dança louca aqui - ai meu pé, tia! - Eu vou lá falar com ela.
BRÁULIO: Menina, desencosta um pouquinho só que já tem confete suado demais vindo na minha boca. - Eu to achando essa loirona aí meio desengonçada, viu. Tem certeza que vai chegar nela?
MATHEUS: Sim. Não tem porque não chegar. E você devia fazer o mesmo também. Mira em uma que te chame a atenção e vai.
BRÁULIO: Sei não, ainda não to preparado pra essas coisas não. Tiro base pelo fora de ontem.
MATHEUS: Relaxa, Caráulio. A mina de ontem só não deu mais trela porque tinha deixado a amiga lá sozinha. Vai na fé que você consegue algo aqui, irmão.
Acabou a música do caranguejo e Matheus chegou na loira que havia paquerado. Bráulio ficou meio sozinho a procura de alguém. Matheus em pouco tempo já estava abraçado com a loira, foi quando um homem aleatório puxou o braço de Bráulio.
DESCONHECIDO: Cara, você é o maluco do vídeo, não é?
BRÁULIO: Vídeo.... Que vídeo?
DESCONHECIDO: Aquele do restaurante. Você tava chorando ajoelhado e no fundo tocando lapada na rachada. Foi hilário, cara. Sou seu fã. Me dá um autógrafo?
BRÁULIO: Que autógrafo o que. Não tenho nem camiseta mais porque rasgaram a minha nessa dança do caranguejo, acha que eu vou ter papel e caneta? E outra, não permiti esse vídeo, até porque foi o momento mais triste da minha vida e to aqui pra esquecer.
DESCONHECIDO: Pagou um micão mesmo. Hahaha. Vou arrumar um papel e uma caneta pra pegar seu autógrafo.
BRÁULIO: Ah vá arrumar uma AIDS!
Então, foi nesse momento que Bráulio avistou algo errado na pegação do seu amigo. De uma maneira muito sutil, se aproximou do Matheus para tentar alertá-lo.
BRÁULIO: Shiii... Deu ruim ali. Melhor avisar ele. - Matheus, cola aqui porque preciso de dinheiro pra comprar uma bebida.
MATHEUS: Espera um pouco, delícia. Meu amigo tá me chamando. - O que é, Bráulio?
BRÁULIO: Eu to precisando de dinheiro porque alguma coisa aumentou o preço da garrafa. Algo aumentou, entendeu?
MATHEUS: Tá bêbado já, desgraçado? O que está insinuando com aumentou?
BRÁULIO: Estou insinuando que algo cresceu. Você não está sentindo que algo cresceu por aí?
MATHEUS: Você não está falando nada com nada - Pera aí, linda, que eu já volto.
BRÁULIO: Não, Matheus. Não beija, não...
MATHEUS: Fala viado, o que você quer dizer com aumentou? O preço tá o mesmo desde que chegamos aqui.
BRÁULIO: Cara, como é que eu vou te explicar sem que deixe você nervoso.
MATHEUS: Por que eu ficaria nervoso?
BRÁULIO: É que você está pegando uma boneca.
MATHEUS: Ela é linda, parece uma Barbie, mesmo.
BRÁULIO: Não, você não entendeu. Ela não está mais pra Barbie, está mais pra Ken.
MATHEUS: Como assim?
BRÁULIO: Você pegou um traveco. Pronto, falei!
MATHEUS: Claro que não, você está ficando louco.
BRÁULIO: Da Via Láctea dá pra ver a barraca armada na micro saia daquele cara.
MATHEUS: Eu vou lá, vou continuar pegando aquela delícia e você vai procurar alguma menina pra te desestressar, tá certo?!
Não deu outra, Matheus acabou enchendo a mão e voltaram para o hotel assim que acabou o show. Claro que ele estava inconformado, muito puto mesmo por ter pegado, literalmente, um travesti. Bráulio ofereceu todo suporte emocional do mundo, afinal ele tentou avisar do que estava acontecendo. No carnaval nem toda mulher é homem e isso era algo que Matheus deveria saber.
Na penúltima noite, os dois foram até um restaurante local porque já não aguentavam mais comer a mesma refeição horrível do hotel. Por um acaso enorme, a Caroline e a Gina também estavam jantando por lá. Talvez a sorte resolveu sorrir para o lado deles.
CAROLINE: Bráulio, não é?
BRÁULIO: Oi Caroline, tudo bem? Nem tinha reparado que estava aqui.
CAROLINE: Tudo bem sim e com você? Eu que percebi que era você.
BRÁULIO: Tudo certo, sim. Então, esse daqui é o amigo que te falei ontem.
MATHEUS: Oba, tudo beleza? Me chamo Matheus.
CAROLINE: Prazer, Matheus. Essa daqui é a minha amiga Gina.
GINA: Oi gente.
CAROLINE: Vocês estão sozinhos?
BRÁULIO: Sim. Pra variar, né.
CAROLINE: Tudo bem deles se sentarem com a gente, Gi?
GINA: Claro que sim. Acho que não teria problema algum.
BRÁULIO: Obrigado. Então, vocês já pediram alguma coisa?
CAROLINE: Ainda não, a gente acabou de chegar também. Vocês tem alguma sugestão?
BRÁULIO: Seria legal algo que desse pra todos comer, tipo uma pizza.
GINA: É verdade, Carol. Uma pizza cairia bem, né?
CAROLINE: É pode ser.
GARÇOM: Com licença, senhores, vocês já pediram?
MATHEUS: A gente está decidindo ainda a pizza que vamos pedir.
GARÇOM: Pois não, algo para beber enquanto isso?
MATHEUS: Se tiver soda eu vou querer uma.
CAROLINE: Duas sodas, então. Vai querer chocomilk, Bráulio?
BRÁULIO: Não, dessa vez vou de coca, mesmo.
GINA: Eu vou querer uma coca também.
BRÁULIO: Cara, aproveita que já está aqui e manda fazer uma pizza de acarajé no capricho, então.
GARÇOM: Anotado, mais algum outro sabor?
BRÁULIO: Desculpa, eu falei brincando. Sério mesmo que vocês fazem pizza de acarajé?
GARÇOM: Você está na Bahia, senhor. Aqui até no Mc Donald's tem acarajé.
MATHEUS: Tipo mc acarajé?
GARÇOM: Exatamente isso.
CAROLINE: Não precisam ficar com essas caras de espantados, o cara está só zoando com vocês.
GARÇOM: Obrigado, senhora.
MATHEUS: Ah, mas a gente já sabia. Levamos muito a sério só de zuera, também.
BRÁULIO: Só mais uma coisa. Vocês não usam galinha preta em vez de frango, não né?
GARÇOM: Não sei, senhor. Não sou o cozinheiro, o meu trabalho é apenas servir, senhor.
BRÁULIO: Parece até um cabo do exército falando não parece, gente?
MATHEUS: Cala a boca, Bráulio!
BRÁULIO: Brincadeira, cara. - Mas é sério, cago de medo dessas coisas de pai de santo, espíritos e essas cacetas todas.
GARÇOM: Tudo bem, senhores. Quando decidirem, de verdade, o sabor da pizza é só me chamar.
DESCONHECIDO: Cara, você é o maluco do vídeo, não é?
BRÁULIO: Vídeo.... Que vídeo?
DESCONHECIDO: Aquele do restaurante. Você tava chorando ajoelhado e no fundo tocando lapada na rachada. Foi hilário, cara. Sou seu fã. Me dá um autógrafo?
BRÁULIO: Que autógrafo o que. Não tenho nem camiseta mais porque rasgaram a minha nessa dança do caranguejo, acha que eu vou ter papel e caneta? E outra, não permiti esse vídeo, até porque foi o momento mais triste da minha vida e to aqui pra esquecer.
DESCONHECIDO: Pagou um micão mesmo. Hahaha. Vou arrumar um papel e uma caneta pra pegar seu autógrafo.
BRÁULIO: Ah vá arrumar uma AIDS!
Então, foi nesse momento que Bráulio avistou algo errado na pegação do seu amigo. De uma maneira muito sutil, se aproximou do Matheus para tentar alertá-lo.
BRÁULIO: Shiii... Deu ruim ali. Melhor avisar ele. - Matheus, cola aqui porque preciso de dinheiro pra comprar uma bebida.
MATHEUS: Espera um pouco, delícia. Meu amigo tá me chamando. - O que é, Bráulio?
BRÁULIO: Eu to precisando de dinheiro porque alguma coisa aumentou o preço da garrafa. Algo aumentou, entendeu?
MATHEUS: Tá bêbado já, desgraçado? O que está insinuando com aumentou?
BRÁULIO: Estou insinuando que algo cresceu. Você não está sentindo que algo cresceu por aí?
MATHEUS: Você não está falando nada com nada - Pera aí, linda, que eu já volto.
BRÁULIO: Não, Matheus. Não beija, não...
MATHEUS: Fala viado, o que você quer dizer com aumentou? O preço tá o mesmo desde que chegamos aqui.
BRÁULIO: Cara, como é que eu vou te explicar sem que deixe você nervoso.
MATHEUS: Por que eu ficaria nervoso?
BRÁULIO: É que você está pegando uma boneca.
MATHEUS: Ela é linda, parece uma Barbie, mesmo.
BRÁULIO: Não, você não entendeu. Ela não está mais pra Barbie, está mais pra Ken.
MATHEUS: Como assim?
BRÁULIO: Você pegou um traveco. Pronto, falei!
MATHEUS: Claro que não, você está ficando louco.
BRÁULIO: Da Via Láctea dá pra ver a barraca armada na micro saia daquele cara.
MATHEUS: Eu vou lá, vou continuar pegando aquela delícia e você vai procurar alguma menina pra te desestressar, tá certo?!
Não deu outra, Matheus acabou enchendo a mão e voltaram para o hotel assim que acabou o show. Claro que ele estava inconformado, muito puto mesmo por ter pegado, literalmente, um travesti. Bráulio ofereceu todo suporte emocional do mundo, afinal ele tentou avisar do que estava acontecendo. No carnaval nem toda mulher é homem e isso era algo que Matheus deveria saber.
Na penúltima noite, os dois foram até um restaurante local porque já não aguentavam mais comer a mesma refeição horrível do hotel. Por um acaso enorme, a Caroline e a Gina também estavam jantando por lá. Talvez a sorte resolveu sorrir para o lado deles.
CAROLINE: Bráulio, não é?
BRÁULIO: Oi Caroline, tudo bem? Nem tinha reparado que estava aqui.
CAROLINE: Tudo bem sim e com você? Eu que percebi que era você.
BRÁULIO: Tudo certo, sim. Então, esse daqui é o amigo que te falei ontem.
MATHEUS: Oba, tudo beleza? Me chamo Matheus.
CAROLINE: Prazer, Matheus. Essa daqui é a minha amiga Gina.
GINA: Oi gente.
CAROLINE: Vocês estão sozinhos?
BRÁULIO: Sim. Pra variar, né.
CAROLINE: Tudo bem deles se sentarem com a gente, Gi?
GINA: Claro que sim. Acho que não teria problema algum.
BRÁULIO: Obrigado. Então, vocês já pediram alguma coisa?
CAROLINE: Ainda não, a gente acabou de chegar também. Vocês tem alguma sugestão?
BRÁULIO: Seria legal algo que desse pra todos comer, tipo uma pizza.
GINA: É verdade, Carol. Uma pizza cairia bem, né?
CAROLINE: É pode ser.
GARÇOM: Com licença, senhores, vocês já pediram?
MATHEUS: A gente está decidindo ainda a pizza que vamos pedir.
GARÇOM: Pois não, algo para beber enquanto isso?
MATHEUS: Se tiver soda eu vou querer uma.
CAROLINE: Duas sodas, então. Vai querer chocomilk, Bráulio?
BRÁULIO: Não, dessa vez vou de coca, mesmo.
GINA: Eu vou querer uma coca também.
BRÁULIO: Cara, aproveita que já está aqui e manda fazer uma pizza de acarajé no capricho, então.
GARÇOM: Anotado, mais algum outro sabor?
BRÁULIO: Desculpa, eu falei brincando. Sério mesmo que vocês fazem pizza de acarajé?
GARÇOM: Você está na Bahia, senhor. Aqui até no Mc Donald's tem acarajé.
MATHEUS: Tipo mc acarajé?
GARÇOM: Exatamente isso.
CAROLINE: Não precisam ficar com essas caras de espantados, o cara está só zoando com vocês.
GARÇOM: Obrigado, senhora.
MATHEUS: Ah, mas a gente já sabia. Levamos muito a sério só de zuera, também.
BRÁULIO: Só mais uma coisa. Vocês não usam galinha preta em vez de frango, não né?
GARÇOM: Não sei, senhor. Não sou o cozinheiro, o meu trabalho é apenas servir, senhor.
BRÁULIO: Parece até um cabo do exército falando não parece, gente?
MATHEUS: Cala a boca, Bráulio!
BRÁULIO: Brincadeira, cara. - Mas é sério, cago de medo dessas coisas de pai de santo, espíritos e essas cacetas todas.
GARÇOM: Tudo bem, senhores. Quando decidirem, de verdade, o sabor da pizza é só me chamar.
Após pedirem a pizza e altos papos sobre os dias de carnaval em Salvador, houve uma boa harmonia e brincadeiras como, por exemplo, o Bráulio comer pimenta apostando com a Gina de que não faria careta, ou do Matheus jogar sal no copo de coca do Bráulio após ele ter comido a pimenta. Isso tudo foi o que ajudou Bráulio a ver que realmente há pessoas muito mais interessantes do que aquela que ele jurou amor e ela simplesmente o jogou no lixo.
O coração dele bateu mais forte pela Gina, pois as risadas dela eram contagiantes e o fez lembrar de que ele também costumava ser muito alto astral. Já o Matheus se interessou mais pela Caroline, já que ela possui um temperamento mais forte, de mulher complicada. Esse é o tipo que ele mais gosta, porém nunca conseguiu conquistar nenhuma. Após saírem do restaurante, deram uma volta pela rua para continuarem a se conhecer.
MATHEUS: O que vocês fazem da vida?
CAROLINE: Eu estudo engenharia civil e trabalho como estagiária numa empreiteira.
GINA: Ah, eu estudo engenharia ambiental e não faço nada mais do que estudar. E vocês?
BRÁULIO: Eu estou no último ano de Ciências da Computação. Não faço nada a tarde, minha vida está realmente uma bagunça. Se não fosse pelo Matheus, o meu carnaval seria em casa assistindo Gossip Girls
GINA: Desculpa a pergunta, mas... Você é gay?
BRÁULIO: Não, não sou gay. É que eu tenho os meus motivos pra ver essa série.
MATHEUS: Depois que eu fiquei sabendo que ele assistia isso, não tive mais dúvidas de que ele curte espanar a ruela.
BRÁULIO: Claro que não gente, não sou gay.
CAROLINE: Ui, ficou nervosinho. E você, Matheus, o que faz da vida?
MATHEUS: Eu estou fazendo pós graduação em psicologia. É que eu era meio perturbado quando era criança e vivia indo em psicólogo. No fundo acabei gostando do trabalho dos caras e resolvi seguir carreira nisso também.
GINA: Vocês vão no show do Jammil e Uma Noites?
BRÁULIO: O que é isso, Axé árabe?
CAROLINE: Essa é nova.
GINA: Você não conhece o Jamil?
BRÁULIO: Conheço os mais famosos, como Asia de Águia e Caetano Veloso.
CAROLINE: Só que o Caetano nem canta axé.
BRÁULIO: Mas também é baiano. No fundo tocam tudo a mesma coisa, fazem tipo uma macumba só que mais light, sem espíritos ou algo do tipo.
O carnaval continuou em alto nível. Desfile de blocos carnavalescos em meia avenida e teve batuque da Timbalada até começar o show. Os casais aos poucos iam se formando. A Caroline já estava mais próxima ao Matheus e até mesmo começou a rir das graças dele. Gina estava bem ligada ao Bráulio, pareceu gostar mesmo do jeito meio abobado dele e estava se divertindo bastante também.
MATHEUS: O que vocês fazem da vida?
CAROLINE: Eu estudo engenharia civil e trabalho como estagiária numa empreiteira.
GINA: Ah, eu estudo engenharia ambiental e não faço nada mais do que estudar. E vocês?
BRÁULIO: Eu estou no último ano de Ciências da Computação. Não faço nada a tarde, minha vida está realmente uma bagunça. Se não fosse pelo Matheus, o meu carnaval seria em casa assistindo Gossip Girls
GINA: Desculpa a pergunta, mas... Você é gay?
BRÁULIO: Não, não sou gay. É que eu tenho os meus motivos pra ver essa série.
MATHEUS: Depois que eu fiquei sabendo que ele assistia isso, não tive mais dúvidas de que ele curte espanar a ruela.
BRÁULIO: Claro que não gente, não sou gay.
CAROLINE: Ui, ficou nervosinho. E você, Matheus, o que faz da vida?
MATHEUS: Eu estou fazendo pós graduação em psicologia. É que eu era meio perturbado quando era criança e vivia indo em psicólogo. No fundo acabei gostando do trabalho dos caras e resolvi seguir carreira nisso também.
GINA: Vocês vão no show do Jammil e Uma Noites?
BRÁULIO: O que é isso, Axé árabe?
CAROLINE: Essa é nova.
GINA: Você não conhece o Jamil?
BRÁULIO: Conheço os mais famosos, como Asia de Águia e Caetano Veloso.
CAROLINE: Só que o Caetano nem canta axé.
BRÁULIO: Mas também é baiano. No fundo tocam tudo a mesma coisa, fazem tipo uma macumba só que mais light, sem espíritos ou algo do tipo.
O carnaval continuou em alto nível. Desfile de blocos carnavalescos em meia avenida e teve batuque da Timbalada até começar o show. Os casais aos poucos iam se formando. A Caroline já estava mais próxima ao Matheus e até mesmo começou a rir das graças dele. Gina estava bem ligada ao Bráulio, pareceu gostar mesmo do jeito meio abobado dele e estava se divertindo bastante também.
Entre muitas outras conversas e risos, o show do Jamil já estava prestes a começar, quando Matheus decidiu ir com Caroline mais para perto do palco, enquanto Gina preferiu ficar com Bráulio mais afastados do tumulto. Foi quando a mágica do amor começou a acontecer.
GINA: Sabe, Bráulio, você é um rapaz engraçado e bem divertido, mas parece que você possui uma tristeza interna, porque parece ficar meio angustiado em alguns momentos. Acho que seria legal se pudesse conversar com alguém, eu posso ser essa pessoa pra te ouvir, se quiser.
BRÁULIO: Gina... A gente tem muitos motivos para ficar tristes. Acho que a minha vida voltou ao normal quando cheguei aqui com o Matheus. Aconteceu algo muito ruim comigo no mês passado e que acabou com a minha auto estima e com a minha vida em si.
GINA: Nossa. Você falando assim parece ser algo realmente sério, né?
BRÁULIO: Sim, foi muito sério. Espero que ninguém nunca passe pelo mesmo que passei.
GINA: Desculpa te perguntar, mas posso saber o que te fez tanto mal? Por acaso foi alguma namorada?
BRÁULIO: Não namorava, nunca namorei. Namoro é algo que realmente não existiu até hoje em minha vida! Olha é uma coisa que eu não quero contar pra ninguém, não gosto de ficar me remoendo porque eu sofro muito todas as vezes que passo a pensar nisso. Não me leve a mal, tá bom?
GINA: Eu te entendo. Deve ter sido uma coisa muito foda. Me desculpa a pergunta, novamente, mas por acaso foi a morte de algum parente?
BRÁULIO: Gina... A gente tem muitos motivos para ficar tristes. Acho que a minha vida voltou ao normal quando cheguei aqui com o Matheus. Aconteceu algo muito ruim comigo no mês passado e que acabou com a minha auto estima e com a minha vida em si.
GINA: Nossa. Você falando assim parece ser algo realmente sério, né?
BRÁULIO: Sim, foi muito sério. Espero que ninguém nunca passe pelo mesmo que passei.
GINA: Desculpa te perguntar, mas posso saber o que te fez tanto mal? Por acaso foi alguma namorada?
BRÁULIO: Não namorava, nunca namorei. Namoro é algo que realmente não existiu até hoje em minha vida! Olha é uma coisa que eu não quero contar pra ninguém, não gosto de ficar me remoendo porque eu sofro muito todas as vezes que passo a pensar nisso. Não me leve a mal, tá bom?
GINA: Eu te entendo. Deve ter sido uma coisa muito foda. Me desculpa a pergunta, novamente, mas por acaso foi a morte de algum parente?
BRÁULIO: Se for ver por um lado tem a ver com morte, sim. Não a de um parente, mas a minha mesmo. Depois daquele dia eu praticamente deixei de existir.
GINA: Me sinto triste por você não querer se abrir comigo porque, poxa, a gente se conheceu hoje e você tem a oportunidade de poder desabafar com alguém que nunca viu na vida e que possivelmente não verá mais, porque aqui é carnaval e tudo é muito diferente da nossa rotina. Sei lá, acho que isso te faria bem, sabe?
BRÁULIO: Eu prefiro que você não saiba nunca do que aconteceu. Porque pra mim foi algo que já passou, apenas uma lembrança triste. Perdão mesmo por não querer te contar. Só que teve uma coisa que você disse que não condiz com a realidade
GINA: Tudo bem. O que você acha que não tem nada a ver?
BRÁULIO: Eu acho que a gente não vai apenas se conhecer aqui, por uma noite, pra depois nunca mais se ver. Até porque as chances disso aqui acontecer são mínimas. Muita gente vem pra Salvador pra passar o carnaval e são pessoas não só de São Paulo, mas do Brasil inteiro também. Até do exterior vem gente. E nos conhecermos dentre essas milhares de pessoas, sendo da mesma cidade, com idades próximas e com tanta coisa em comum, acho que não é coisa de momento, não.
GINA: O que você quer dizer com isso, hein?
BRÁULIO: Quero dizer, Gina, que eu realmente gostei de você. Não é porque você é muito bonita, ou porque ri das minhas piadas bestas. Mas, a gente se conheceu quase agora e sinto que quero conhecer ainda mais sobre você. Dentre todas as mulheres que eu já conheci, você parece ser a única que me deixa realmente tranquilo e que me agrada a companhia. Claro que, nesse meu pouco tempo de vida, já cheguei achar que algumas das minhas ficantes fossem a minha alma gêmea, mas sempre caí do cavalo.
GINA: Quer dizer então que você acha que eu sou a sua alma gêmea?
BRÁULIO: Não é isso, você é uma mulher que me torna mais feliz. Eu nunca apostei com nenhuma outra que comeria uma pimenta malagueta inteira sem fazer careta, por exemplo. Isso é uma das coisas que eu jamais faria antes, ainda mais com duas mulheres lindas na minha frente.
GINA: Obrigado pelos elogios. Eu acho que entendi o que você quis dizer, eu também não havia feito coisas assim com nenhum outro homem antes. E você conseguiu, não fez careta.
BRÁULIO: Eu não fiz careta na hora, mas com certeza meu rabo vai fazer mais tarde.
GINA: Hahahaha, seu bobo.
BRÁULIO: É sério, Gina. Eu estou realmente gostando de você. Não importa se nos conhecemos há duas, ou três horas atrás. O que importa é que realmente você me faz bem e eu não quero que essa sensação dure pouco tempo.
GINA: Você é um fofo, Bráulio.
JAMMIL: Alô Salvador! Vamos continuar essa festa que só o carnaval baiano sabe fazer. Canta comigo, meu povo.
BRÁULIO: E pelo que eu me lembre ganhei a aposta. Só não vi o meu prêmio até agora.
JAMMIL: Ah que bom você chegou. Bem-vindo a Salvador. Coração do Brasil. Vem você vai conhecer a cidade de luz e prazer. Correndo atrás do trio...
GINA: Porque você não chega mais perto para ganhar o seu prêmio?
GINA: Me sinto triste por você não querer se abrir comigo porque, poxa, a gente se conheceu hoje e você tem a oportunidade de poder desabafar com alguém que nunca viu na vida e que possivelmente não verá mais, porque aqui é carnaval e tudo é muito diferente da nossa rotina. Sei lá, acho que isso te faria bem, sabe?
BRÁULIO: Eu prefiro que você não saiba nunca do que aconteceu. Porque pra mim foi algo que já passou, apenas uma lembrança triste. Perdão mesmo por não querer te contar. Só que teve uma coisa que você disse que não condiz com a realidade
GINA: Tudo bem. O que você acha que não tem nada a ver?
BRÁULIO: Eu acho que a gente não vai apenas se conhecer aqui, por uma noite, pra depois nunca mais se ver. Até porque as chances disso aqui acontecer são mínimas. Muita gente vem pra Salvador pra passar o carnaval e são pessoas não só de São Paulo, mas do Brasil inteiro também. Até do exterior vem gente. E nos conhecermos dentre essas milhares de pessoas, sendo da mesma cidade, com idades próximas e com tanta coisa em comum, acho que não é coisa de momento, não.
GINA: O que você quer dizer com isso, hein?
BRÁULIO: Quero dizer, Gina, que eu realmente gostei de você. Não é porque você é muito bonita, ou porque ri das minhas piadas bestas. Mas, a gente se conheceu quase agora e sinto que quero conhecer ainda mais sobre você. Dentre todas as mulheres que eu já conheci, você parece ser a única que me deixa realmente tranquilo e que me agrada a companhia. Claro que, nesse meu pouco tempo de vida, já cheguei achar que algumas das minhas ficantes fossem a minha alma gêmea, mas sempre caí do cavalo.
GINA: Quer dizer então que você acha que eu sou a sua alma gêmea?
BRÁULIO: Não é isso, você é uma mulher que me torna mais feliz. Eu nunca apostei com nenhuma outra que comeria uma pimenta malagueta inteira sem fazer careta, por exemplo. Isso é uma das coisas que eu jamais faria antes, ainda mais com duas mulheres lindas na minha frente.
GINA: Obrigado pelos elogios. Eu acho que entendi o que você quis dizer, eu também não havia feito coisas assim com nenhum outro homem antes. E você conseguiu, não fez careta.
BRÁULIO: Eu não fiz careta na hora, mas com certeza meu rabo vai fazer mais tarde.
GINA: Hahahaha, seu bobo.
BRÁULIO: É sério, Gina. Eu estou realmente gostando de você. Não importa se nos conhecemos há duas, ou três horas atrás. O que importa é que realmente você me faz bem e eu não quero que essa sensação dure pouco tempo.
GINA: Você é um fofo, Bráulio.
JAMMIL: Alô Salvador! Vamos continuar essa festa que só o carnaval baiano sabe fazer. Canta comigo, meu povo.
BRÁULIO: E pelo que eu me lembre ganhei a aposta. Só não vi o meu prêmio até agora.
JAMMIL: Ah que bom você chegou. Bem-vindo a Salvador. Coração do Brasil. Vem você vai conhecer a cidade de luz e prazer. Correndo atrás do trio...
GINA: Porque você não chega mais perto para ganhar o seu prêmio?
E foi em ritmo de We Are Carnaval que rolou o primeiro beijo do casal. Se as coisas andavam muito bem para eles, o mesmo estava para acontecer com Matheus e Caroline, que pulavam freneticamente na frente do palco.
MATHEUS: Ui ar carnaval, ui ar, ui ar folia...
CAROLINE: Ai não! Quebrei o meu salto.
MATHEUS: Sério?
CAROLINE: Sim, olha aqui.
MATHEUS: Eu não entendo muito sobre essas parada de moda, mas acho que salto não é o melhor tipo de sapato para pular carnaval.
CAROLINE: Mulher usa salto para valorizar a postura do corpo, não importa aonde ela esteja.
MATHEUS: A maioria aqui está tudo de chinelo, ou algo parecido com sandália.
CAROLINE: Também, essas baianas nem devem saber o que é salto.
MATHEUS: Olha o preconceito. Ninguém aqui tem culpa que seu sapato quebrou, não adianta xingar atoa.
CAROLINE: Você podia me ajudar em vez de ficar dando lição de moral.
MATHEUS: Tira esse sapato e joga no lixo.
CAROLINE: E eu vou andar descalça nesse chão imundo?
MATHEUS: Eu te dou o meu sapato. Deve ficar um pouco grande pra você, mas pelo menos não vai ficar descalça.
CAROLINE: Você não se importa de ficar descalço?
MATHEUS: Carol, eu morei em sítio quando era criança. Brincava naqueles terrão tudo descalço. Pisava em formigueiro, merda de galinha. E olha só como eu estou inteiro, saudável e bonitão aqui.
CAROLINE: Muito modesto também, né?! Obrigado, mesmo.
MATHEUS: E outra, Carol. Por uma mulher tão linda e interessante como você eu subiria o Everest com uma mão só.
CAROLINE: Está usando Fernando & Sorocaba para me cantar? Hahaha. Não creio nisso!
MATHEUS: Cantar não, encantar.
CAROLINE: Você é um idiota, sabia?
MATHEUS: Vem aqui, deixa eu te mostrar o que esse idiota sabe fazer de melhor.
E foi com essa cantada cretina que o outro casal da noite se formou. Após um beijo, a curtição do show a dois e um pouco de bebida alcoólica no sangue, óbvio que a noite dos casais se prolongou mais um pouco, até o dia seguinte. Matheus foi com a Caroline para o quarto de hotel dela e o mesmo ocorreu com Bráulio e Gina. Realmente não havia condições de algum deles levarem uma mulher para o hotel em que se hospedaram. Por sorte, o hotel em que elas estavam era o mesmo do anúncio que o Matheus achou.
MATHEUS: Ui ar carnaval, ui ar, ui ar folia...
CAROLINE: Ai não! Quebrei o meu salto.
MATHEUS: Sério?
CAROLINE: Sim, olha aqui.
MATHEUS: Eu não entendo muito sobre essas parada de moda, mas acho que salto não é o melhor tipo de sapato para pular carnaval.
CAROLINE: Mulher usa salto para valorizar a postura do corpo, não importa aonde ela esteja.
MATHEUS: A maioria aqui está tudo de chinelo, ou algo parecido com sandália.
CAROLINE: Também, essas baianas nem devem saber o que é salto.
MATHEUS: Olha o preconceito. Ninguém aqui tem culpa que seu sapato quebrou, não adianta xingar atoa.
CAROLINE: Você podia me ajudar em vez de ficar dando lição de moral.
MATHEUS: Tira esse sapato e joga no lixo.
CAROLINE: E eu vou andar descalça nesse chão imundo?
MATHEUS: Eu te dou o meu sapato. Deve ficar um pouco grande pra você, mas pelo menos não vai ficar descalça.
CAROLINE: Você não se importa de ficar descalço?
MATHEUS: Carol, eu morei em sítio quando era criança. Brincava naqueles terrão tudo descalço. Pisava em formigueiro, merda de galinha. E olha só como eu estou inteiro, saudável e bonitão aqui.
CAROLINE: Muito modesto também, né?! Obrigado, mesmo.
MATHEUS: E outra, Carol. Por uma mulher tão linda e interessante como você eu subiria o Everest com uma mão só.
CAROLINE: Está usando Fernando & Sorocaba para me cantar? Hahaha. Não creio nisso!
MATHEUS: Cantar não, encantar.
CAROLINE: Você é um idiota, sabia?
MATHEUS: Vem aqui, deixa eu te mostrar o que esse idiota sabe fazer de melhor.
E foi com essa cantada cretina que o outro casal da noite se formou. Após um beijo, a curtição do show a dois e um pouco de bebida alcoólica no sangue, óbvio que a noite dos casais se prolongou mais um pouco, até o dia seguinte. Matheus foi com a Caroline para o quarto de hotel dela e o mesmo ocorreu com Bráulio e Gina. Realmente não havia condições de algum deles levarem uma mulher para o hotel em que se hospedaram. Por sorte, o hotel em que elas estavam era o mesmo do anúncio que o Matheus achou.
No último dia de festa deles na cidade, após uma bela noite de 'sono', os ânimos estavam mais do que renovados e exaltados. Acordaram cedo, comeram um café da manhã descente e desceram para a praia. Caroline e Gina foram dar uma caminhada enquanto Bráulio e Matheus ficaram admirando a vista do mar tomando uma água de coco.
BRÁULIO: A noite de ontem foi incrível, acho que eu não sentia tanta felicidade assim há muito tempo.
MATHEUS: Provavelmente há uns quatro anos.
BRÁULIO: Você esteve certo esse tempo todo, Matheus. Menos no show da Claudinha, ali você errou feio.
MATHEUS: Prefiro esquecer aquele momento, porque da Claudinha não tem como esquecer né? A gente se deu muito bem ontem. Só agora eu entendo o porque você levou o fora no show do Brown.
BRÁULIO: Como assim?
MATHEUS: A Caroline não queria papo com um zé ruela que nem você, se fosse eu ali com certeza a gente já tinha feito esse rolê naquela noite mesmo.
BRÁULIO: Não vem se achando não, porque a gente só conseguiu sair com essas meninas ontem porque ela lembrou de mim. Se eu não tivesse marcado a mente dela, certamente ela nem teria me notado no restaurante.
MATHEUS: Também, com essa sua cara de demônio você traumatizou a menina. Seria impossível não lembrar dessa sua fuça feia.
BRÁULIO: Engraçado você, né?! Cheio dos bullying. Essas maldades vão voltar contra você e seu saco vai cair de caxumba. Deus tá vendo essas suas zoeira ai.
DESCONHECIDO 2: Olha só se não é o chorão da lapada! Posso tirar uma foto com você?
BRÁULIO: Que chorão da lapada o que, cara. Tá me estranhando. - Matheus, já é o segundo imbecil que vem encher o meu saco por causa do vídeo que fizeram no restaurante.
MATHEUS: Sei não, Caráulio. To achando que você virou meme.
DESCONHECIDO 2: O nome do chorão da lapada é Caráulio! Hahahaha...
BRÁULIO: Meu nome é Bráulio, esse retardado que me chama assim.
DESCONHECIDO 2: Bráulio? hahahaha. É tão nome de bilau quanto o outro. Hahaha.
BRÁULIO: Matheus, me segura senão vou quebrar esse cara.
MATHEUS: Vai bater no cara porque ele tá enchendo o seu saco ou porque ele tem razão?
DESCONHECiDO 2: Aê turma, o chorão da lapada tá aqui.
Nesse momento, uma pequena porção de pessoas começou a se aproximar do guarda-sol em que eles estavam, todos com câmera do celular ligada pra tentar uma foto de Bráulio. Parece que ele é o famoso da vez nas redes sociais. O vídeo acabou viralizando, afinal hoje em dia o povo adora uma desgraça alheia. Matheus e Bráulio tiveram de fugir do assédio na praia, fazendo com que Caroline e Gina ficassem sem entender o porque de eles não estarem mais ali, ao retornarem.
Depois de todos se reencontrarem no hotel em que as meninas estavam hospedadas, almoçaram uma bela refeição que tinha de camarão na moranga à lula dorê. Esse era o hotel em que eles queriam estar, quem não ia querer? A tarde o show foi da Banda Eva. Os casais aproveitaram o show inteiro: beberam, riram, cantaram e, assim que terminou o show, passaram o resto da tarde no hotel delas. Ah como é bom essa vida de solteiro no carnaval, não é mesmo?
No início da noite, Bráulio e Matheus voltaram para o hotel deles para se arrumarem para a última noite de carnaval em Salvador. Combinaram com as meninas de se encontrarem na praia, aonde seria o show da Ivete Sangalo. Deu no jornal que era esperado o recorde de público para aquela noite.
BRÁULIO: A noite de ontem foi incrível, acho que eu não sentia tanta felicidade assim há muito tempo.
MATHEUS: Provavelmente há uns quatro anos.
BRÁULIO: Você esteve certo esse tempo todo, Matheus. Menos no show da Claudinha, ali você errou feio.
MATHEUS: Prefiro esquecer aquele momento, porque da Claudinha não tem como esquecer né? A gente se deu muito bem ontem. Só agora eu entendo o porque você levou o fora no show do Brown.
BRÁULIO: Como assim?
MATHEUS: A Caroline não queria papo com um zé ruela que nem você, se fosse eu ali com certeza a gente já tinha feito esse rolê naquela noite mesmo.
BRÁULIO: Não vem se achando não, porque a gente só conseguiu sair com essas meninas ontem porque ela lembrou de mim. Se eu não tivesse marcado a mente dela, certamente ela nem teria me notado no restaurante.
MATHEUS: Também, com essa sua cara de demônio você traumatizou a menina. Seria impossível não lembrar dessa sua fuça feia.
BRÁULIO: Engraçado você, né?! Cheio dos bullying. Essas maldades vão voltar contra você e seu saco vai cair de caxumba. Deus tá vendo essas suas zoeira ai.
DESCONHECIDO 2: Olha só se não é o chorão da lapada! Posso tirar uma foto com você?
BRÁULIO: Que chorão da lapada o que, cara. Tá me estranhando. - Matheus, já é o segundo imbecil que vem encher o meu saco por causa do vídeo que fizeram no restaurante.
MATHEUS: Sei não, Caráulio. To achando que você virou meme.
DESCONHECIDO 2: O nome do chorão da lapada é Caráulio! Hahahaha...
BRÁULIO: Meu nome é Bráulio, esse retardado que me chama assim.
DESCONHECIDO 2: Bráulio? hahahaha. É tão nome de bilau quanto o outro. Hahaha.
BRÁULIO: Matheus, me segura senão vou quebrar esse cara.
MATHEUS: Vai bater no cara porque ele tá enchendo o seu saco ou porque ele tem razão?
DESCONHECiDO 2: Aê turma, o chorão da lapada tá aqui.
Nesse momento, uma pequena porção de pessoas começou a se aproximar do guarda-sol em que eles estavam, todos com câmera do celular ligada pra tentar uma foto de Bráulio. Parece que ele é o famoso da vez nas redes sociais. O vídeo acabou viralizando, afinal hoje em dia o povo adora uma desgraça alheia. Matheus e Bráulio tiveram de fugir do assédio na praia, fazendo com que Caroline e Gina ficassem sem entender o porque de eles não estarem mais ali, ao retornarem.
Depois de todos se reencontrarem no hotel em que as meninas estavam hospedadas, almoçaram uma bela refeição que tinha de camarão na moranga à lula dorê. Esse era o hotel em que eles queriam estar, quem não ia querer? A tarde o show foi da Banda Eva. Os casais aproveitaram o show inteiro: beberam, riram, cantaram e, assim que terminou o show, passaram o resto da tarde no hotel delas. Ah como é bom essa vida de solteiro no carnaval, não é mesmo?
No início da noite, Bráulio e Matheus voltaram para o hotel deles para se arrumarem para a última noite de carnaval em Salvador. Combinaram com as meninas de se encontrarem na praia, aonde seria o show da Ivete Sangalo. Deu no jornal que era esperado o recorde de público para aquela noite.
MATHEUS: Cara, a gente emplacou legal esse carnaval aqui. Não peguei tanta mulher como eu gostaria, mas pelo menos nos divertimos demais nesses dias.
BRÁULIO: Nem me fale. Aliás, mulher mesmo você só pegou uma.
MATHEUS: Ow... Não comente com ninguém desse fato lá em São Paulo, senão a faculdade vai me zoar pelo resto da vida.
BRÁULIO: Bem que você merecia sofrer bullying pra sentir na pele o que você faz comigo. Relaxa que eu não vou falar nada não. Vou te contar uma coisa, eu acho que estou apaixonado pela Gina.
MATHEUS: Conta outra. Você se apaixona até por cachorro que gruda pra meter na sua perna, Bráulio.
BRÁULIO: Claro que não. Sei lá, com ela parece que o meu tempo para. É uma coisa que eu não sei nem explicar.
MATHEUS: Eu sei o que é isso. Chama-se viadagem, conhece?!
BRÁULIO: Vou tentar namorar com ela quando a gente voltar. Pode escrever... Com essa daí eu caso.
MATHEUS: Tomara né. Porque ficar plantado de novo em mais um restaurante vai acabar de vez com a sua reputação.
BRÁULIO: Falando nisso, que porra foi aquela na praia, hein? Um bando de retardado só pode. E sabe que eu reparei que as pessoas estão me olhando esquisito pelas ruas.
MATHEUS: Talvez elas só estejam te reconhecendo pelo vídeo. Recebi ele num grupo de Whatsapp ontem. O pior é que ficou engraçado mesmo.
BRÁULIO: Eu não nasci para ser famoso, ainda mais com um vídeo bosta como esse.
MATHEUS: Uma hora você vai ter que assumir esse fardo, irmão. Esquentar a cabeça não vai te ajudar. As pessoas não querem te zoar. Quero dizer, elas querem te zoar, mas não querem só zoar, entendeu? Agora você é tipo um ex BBB, uma sub celebridade que as pessoas ainda puxam saco.
BRÁULIO: Nem me fale. Aliás, mulher mesmo você só pegou uma.
MATHEUS: Ow... Não comente com ninguém desse fato lá em São Paulo, senão a faculdade vai me zoar pelo resto da vida.
BRÁULIO: Bem que você merecia sofrer bullying pra sentir na pele o que você faz comigo. Relaxa que eu não vou falar nada não. Vou te contar uma coisa, eu acho que estou apaixonado pela Gina.
MATHEUS: Conta outra. Você se apaixona até por cachorro que gruda pra meter na sua perna, Bráulio.
BRÁULIO: Claro que não. Sei lá, com ela parece que o meu tempo para. É uma coisa que eu não sei nem explicar.
MATHEUS: Eu sei o que é isso. Chama-se viadagem, conhece?!
BRÁULIO: Vou tentar namorar com ela quando a gente voltar. Pode escrever... Com essa daí eu caso.
MATHEUS: Tomara né. Porque ficar plantado de novo em mais um restaurante vai acabar de vez com a sua reputação.
BRÁULIO: Falando nisso, que porra foi aquela na praia, hein? Um bando de retardado só pode. E sabe que eu reparei que as pessoas estão me olhando esquisito pelas ruas.
MATHEUS: Talvez elas só estejam te reconhecendo pelo vídeo. Recebi ele num grupo de Whatsapp ontem. O pior é que ficou engraçado mesmo.
BRÁULIO: Eu não nasci para ser famoso, ainda mais com um vídeo bosta como esse.
MATHEUS: Uma hora você vai ter que assumir esse fardo, irmão. Esquentar a cabeça não vai te ajudar. As pessoas não querem te zoar. Quero dizer, elas querem te zoar, mas não querem só zoar, entendeu? Agora você é tipo um ex BBB, uma sub celebridade que as pessoas ainda puxam saco.
Enquanto as meninas se arrumavam, Caroline recebeu o vídeo de Bráulio em seu celular. Assim que Gina saiu do banho e viu ela rindo sem parar, ficou curiosa para saber o que era tão engraçado. Só que ela teve uma bela surpresa ao ver que o seu ficante pagou um puta mico por ter sido abandonado ao pedir a mão de uma mulher em noivado.
GINA: O que você tanto ri, Carol?
CAROLINE: Gi... Você não vai acreditar!
GINA: Mostra pra mim porque eu to curiosa. O que é?
CAROLINE: Minha irmã me mandou um vídeo aqui com o título "o chorão da lapada". Assiste aí, você vai cair de costas ao ver quem é o cara.
GINA: O que você tanto ri, Carol?
CAROLINE: Gi... Você não vai acreditar!
GINA: Mostra pra mim porque eu to curiosa. O que é?
CAROLINE: Minha irmã me mandou um vídeo aqui com o título "o chorão da lapada". Assiste aí, você vai cair de costas ao ver quem é o cara.
GINA: Não pode ser.
CAROLINE: Ô se é! Hahaha
GINA: Nossa, que mico que o Bráulio pagou, meu deus!
CAROLINE: Micão demais né? Vou rir muito na hora que eu ver ele.
GINA: Porque a banda está tocando Lapada na Rachada?
CAROLINE: Deve ser porque era a música dele e da ex.
GINA: Meio depravado, mas tudo bem.
CAROLINE: O que foi Gi? Ficou mesmo mal por causa desse mico do Bráulio?
GINA: Não, Carol. Eu tinha percebido que ele estava meio angustiado com algo, sabe, então resolvi perguntar pra ele, para que pudesse se abrir comigo. Ele simplesmente não me contou e até mentiu dizendo que nunca havia namorado. Sabe, Carol, eu tentei ajudar ele, que eu nem o conhecia direito, e ele não quis me contar nada sobre isso. Agora eu entendo o porque que ele ficou tão mal como me disse. Só que eu fiquei muito puta agora, porque aquele desgraçado não só namorou como chegou a pedir alguém em casamento.
CAROLINE: Calma, Gi. Às vezes o cara não quis te contar pra não se sentir um lixo na sua frente, sei lá.
GINA: Tudo bem, Carol. Mas ele mentiu pra mim, entendeu?! Você sabe como eu já sofri com caras mentirosos, não quero sofrer por causa de mais um.
CAROLINE: Ai amiga, você está gostando dele...
GINA: Sim. Eu estava gostando dele. Ele pareceu ser muito diferente dos outros caras, por mais que seja meio bobo. Só que agora eu vi que ele é tão babaca quanto os outros.
CAROLINE: Fica tranquila, amiga. Não deixe que isso acabe com a nossa última noite aqui.
E não é que o recorde de público do carnaval em Salvador, que antes era do Carlinhos Brown, foi batido no show da Ivete. Havia uma multidão sem fim reunida no Circuito Osmar. Salvador ficou pequeno perante ao número imenso de pessoas. Bráulio e Matheus já estavam lá no meio tomando uma, quando Ivete Sangalo começou o seu show, levando todo mundo ao delírio. As meninas ainda estavam a caminho quando o pesadelo de Bráulio virou a maior realidade.
IVETE SANGALO: Vamos lá meus amores. Pulando. Pulando. Geral. Vamo agitar, Bahia. Levantem as mãozinhas para cima e quero ver todo mundo cantando assim. É amor. É tanto amor que eu sinto esse momento. É tão bonito esse mar de mãos. Ver todo mundo assim cantando junto... Sai do chão, meu Salvador!
MATHEUS: Caralho, irmão. Tem muita gente reunida aqui.
BRÁULIO: Hoje tá foda, Matheuzin. Só que está muito louco isso aqui!
MATHEUS: Parece um sonho. A gente está vivendo um sonho, Caráuliooo
IVETE SANGALO: Ôôôô ôôôôôôô Alegria, alegria!
CAROLINE: Ô se é! Hahaha
GINA: Nossa, que mico que o Bráulio pagou, meu deus!
CAROLINE: Micão demais né? Vou rir muito na hora que eu ver ele.
GINA: Porque a banda está tocando Lapada na Rachada?
CAROLINE: Deve ser porque era a música dele e da ex.
GINA: Meio depravado, mas tudo bem.
CAROLINE: O que foi Gi? Ficou mesmo mal por causa desse mico do Bráulio?
GINA: Não, Carol. Eu tinha percebido que ele estava meio angustiado com algo, sabe, então resolvi perguntar pra ele, para que pudesse se abrir comigo. Ele simplesmente não me contou e até mentiu dizendo que nunca havia namorado. Sabe, Carol, eu tentei ajudar ele, que eu nem o conhecia direito, e ele não quis me contar nada sobre isso. Agora eu entendo o porque que ele ficou tão mal como me disse. Só que eu fiquei muito puta agora, porque aquele desgraçado não só namorou como chegou a pedir alguém em casamento.
CAROLINE: Calma, Gi. Às vezes o cara não quis te contar pra não se sentir um lixo na sua frente, sei lá.
GINA: Tudo bem, Carol. Mas ele mentiu pra mim, entendeu?! Você sabe como eu já sofri com caras mentirosos, não quero sofrer por causa de mais um.
CAROLINE: Ai amiga, você está gostando dele...
GINA: Sim. Eu estava gostando dele. Ele pareceu ser muito diferente dos outros caras, por mais que seja meio bobo. Só que agora eu vi que ele é tão babaca quanto os outros.
CAROLINE: Fica tranquila, amiga. Não deixe que isso acabe com a nossa última noite aqui.
E não é que o recorde de público do carnaval em Salvador, que antes era do Carlinhos Brown, foi batido no show da Ivete. Havia uma multidão sem fim reunida no Circuito Osmar. Salvador ficou pequeno perante ao número imenso de pessoas. Bráulio e Matheus já estavam lá no meio tomando uma, quando Ivete Sangalo começou o seu show, levando todo mundo ao delírio. As meninas ainda estavam a caminho quando o pesadelo de Bráulio virou a maior realidade.
IVETE SANGALO: Vamos lá meus amores. Pulando. Pulando. Geral. Vamo agitar, Bahia. Levantem as mãozinhas para cima e quero ver todo mundo cantando assim. É amor. É tanto amor que eu sinto esse momento. É tão bonito esse mar de mãos. Ver todo mundo assim cantando junto... Sai do chão, meu Salvador!
MATHEUS: Caralho, irmão. Tem muita gente reunida aqui.
BRÁULIO: Hoje tá foda, Matheuzin. Só que está muito louco isso aqui!
MATHEUS: Parece um sonho. A gente está vivendo um sonho, Caráuliooo
IVETE SANGALO: Ôôôô ôôôôôôô Alegria, alegria!
DESCONHECIDO 3: Ei pessoal, olha só o viadão da lapada.
DESCONHECIDO 4: Ih rapaz, se não é ele mesmo! Ei chorão, tira uma foto aqui com a gente, rapidinho. Coisa rápida, dois segundinhos só a gente já tira umas foto aqui. Preciso mandar pro meu pai, ele vai ficar louco quando ver.
BRÁULIO: Tá bom. Junta aí, galera.
DESCONHECIDO 4: Tem como fingir que está chorando? Meu irmãozinho e o meu primo pequeno iam curtir pra caramba.
BRÁULIO: Tudo bem vai... Assim tá bom?
DESCONHECIDO 4: Tá ótimo. Agora ajoelha ai e a gente finge que é a banda.
BRÁULIO: Aí não, aí já é demais!
DESCONHECIDO 3: Pô cara, quebra esse galho. Minha avó que está com câncer ia gostar pra caramba.
BRÁULIO: Ah tá... Câncer, né?! Tudo bem. Mas é pela sua avó, hein. Não to fazendo isso por vocês não.
MATHEUS: Você é a sensação do momento. Uma galera te olhando e pode esperar que esses caras de agora foi só o começo.
BRÁULIO: Tomara que não. Mal começou esse negócio de ser famoso e já estou de saco cheio. Agora eu entendo porque tem gente que bate em fotógrafo, cospe em fã...
MATHEUS: Você devia era aproveitar o momento, porque logo logo as pessoas esquecem de você, que nem aconteceu com o Gordinho da Saveiro e aquela quenga que eu nem lembro mais o nome.
DESCONHECIDO 4: Ih rapaz, se não é ele mesmo! Ei chorão, tira uma foto aqui com a gente, rapidinho. Coisa rápida, dois segundinhos só a gente já tira umas foto aqui. Preciso mandar pro meu pai, ele vai ficar louco quando ver.
BRÁULIO: Tá bom. Junta aí, galera.
DESCONHECIDO 4: Tem como fingir que está chorando? Meu irmãozinho e o meu primo pequeno iam curtir pra caramba.
BRÁULIO: Tudo bem vai... Assim tá bom?
DESCONHECIDO 4: Tá ótimo. Agora ajoelha ai e a gente finge que é a banda.
BRÁULIO: Aí não, aí já é demais!
DESCONHECIDO 3: Pô cara, quebra esse galho. Minha avó que está com câncer ia gostar pra caramba.
BRÁULIO: Ah tá... Câncer, né?! Tudo bem. Mas é pela sua avó, hein. Não to fazendo isso por vocês não.
MATHEUS: Você é a sensação do momento. Uma galera te olhando e pode esperar que esses caras de agora foi só o começo.
BRÁULIO: Tomara que não. Mal começou esse negócio de ser famoso e já estou de saco cheio. Agora eu entendo porque tem gente que bate em fotógrafo, cospe em fã...
MATHEUS: Você devia era aproveitar o momento, porque logo logo as pessoas esquecem de você, que nem aconteceu com o Gordinho da Saveiro e aquela quenga que eu nem lembro mais o nome.
Depois de muita bebida, assedio de algumas pessoas para poder ter uma foto com o astro da vez, a sensação de ser famoso estava começando a cair no gosto de Bráulio, no entanto já havia formado uma pequena aglomeração no meio da avenida por causa dele. O show já estava chegando na metade quando as meninas chegaram. Naquele momento o tumulto por causa dele já estava insuportável.
CAROLINE: Acho que a gente não vai conseguir chegar até eles. Tem um aglomerado enorme de pessoas aqui, Gi.
GiNA: Aposto que eles são o motivo desse monte de gente sem ter o que fazer estarem tão amontoados assim.
CAROLINE: Não são eles ali?
GINA: O Bráulio está parecendo um retardado tirando foto ajoelhado. Pelo visto ele gosta mesmo de humilhação.
CAROLINE: Você está muito irritada, acho melhor a gente falar com eles mais tarde.
GINA: Que nada, amiga. A gente tem que falar com eles o quanto antes.
CAROLINE: Não tenho nada contra o Bráulio e também não pretendo me despedir do Matheus tão cedo. Olha lá o que você vai fazer, hein Gi.
DESCONHECIDO 452: Chorão, você arrasa no drama, parceiro. Valeu pela foto, espero te ver na novela das oito.
GINA: Enfim nos encontramos.
BRÁULIO: Pessoal que tá querendo tirar a foto, aguenta um momentinho só que eu preciso conversar aqui agora.
CAROLINE: Tá fazendo sucesso mesmo o seu vídeo, hein Bráulio.
BRÁULIO: Vocês viram? Você viu, Gina?
GINA: O que você acha, Bráulio?
BRÁULIO: Pela sua cara acho que sim.
CAROLINE: Matheus, vamos comigo pegar uma bebida.
MATHEUS: Vamos sim, linda.
BRÁULIO: Olha, Gi. Desculpa por...
GINA: Não diz nada, não, Bráulio. Eu não quero mais saber de nada que venha de você. Eu achava que você fosse especial, mas é apenas mais um Pinóquio que apareceu na minha vida.
BRÁULIO: Não é bem assim, eu posso explicar.
GINA: Não tem o que explicar. Eu não quero mais nada com você. Aproveita a sua fama momentânea e vê se consegue outra trouxa pra você ficar. Tchau, Bráulio.
BRÁULIO: Espera aí, Gi. Não vai embora, não.
IVETE SANGALO: Tá havendo um tumulto ali no meio, hein papai? O que tá acontecendo aí minha gente? Joga uma luz ali no meio, se der, produção.
BRÁULIO: Gi, volta aqui! - Ué que luz é essa?
CAROLINE: Olha lá. Parece que o seu amigo virou destaque do show.
IVETE SANGALO: Meus amores, desamontoa ai que eu quero saber o que é que tá acontecendo.
PRODUTOR: Ivete, tem um cara que tá chamando a atenção por causa de um vídeo dele de Whatsapp. É o tal do chorão da lapada.
IVETE SANGALO: Obrigado, nego. Eu sei quem é, já vi esse vídeo. - Ô produção, faz um favor. Chame o chorão da lapada aqui pro palco. Povo desse meu Salvador, vocês querem ou não que o chorão da lapada suba aqui?
MULTIDÃO: Sim!
IVETE SANGALO: Então, meu rei. Tá esperando o que? Suba já pra cá pra eu te dar um chêro.
MATHEUS: Só pode ser brincadeira.
BRÁULIO: Mas é pra já, minha rainha!
Na hora em que ele subiu no palco não se conteve. Correu até a Ivete e a abraçou. As pessoas gritavam "chorão". Certamente Bráulio virou a sensação da noite do carnaval baiano. Muita gente gritando, a Ivete sorrindo. Bráulio estampava na sua cara o prazer real de sua felicidade. Naquele momento passou um filme na cabeça dele, do pior momento de sua vida até o seu auge ali no palco, ao lado de Ivete Sangalo em pleno carnaval de Salvador. O que poderia ser um sonho para muita gente, para Bráulio era pura realidade.
IVETE SANGALO: Bora tocar Lapada na Rachada, banda? Vamo simbora, meu rei. Antes de dançar pra valer, quer dizer alguma coisa?
BRÁULIO: Fala Salvador. Meu nome é Bráulio e mês passado fui abandonado por uma vaca que regaçou o meu coração. Só que hoje eu to aqui, ao lado de Veveta, pronto pra abalar geral com essa multidão maravilhosa do maior carnaval que esse planeta pode ter. Eu sou o cara mais feliz do mundo, porra! Jéssica, olha só aonde eu to, sua biscate... Chupa!
IVETE SANGALO: Bora dançar, meu nego. Pense numa mina linda, a danada enlouqueceu. A macharada ficou doida quando ela apareceu...
MATHEUS: O meu maior orgulho é ser o melhor amigo desse cara.
CAROLINE: Hum. É mesmo?
MATHEUS: Segundo maior orgulho. O primeiro foi ter conhecido você, claro.
CAROLINE: Ah bom!
IVETE SANGALO: Você pede e eu te dou lapada na rachada. E aí, tá gostoso? Lapada na rachada...
CAROLINE: Acho que a gente não vai conseguir chegar até eles. Tem um aglomerado enorme de pessoas aqui, Gi.
GiNA: Aposto que eles são o motivo desse monte de gente sem ter o que fazer estarem tão amontoados assim.
CAROLINE: Não são eles ali?
GINA: O Bráulio está parecendo um retardado tirando foto ajoelhado. Pelo visto ele gosta mesmo de humilhação.
CAROLINE: Você está muito irritada, acho melhor a gente falar com eles mais tarde.
GINA: Que nada, amiga. A gente tem que falar com eles o quanto antes.
CAROLINE: Não tenho nada contra o Bráulio e também não pretendo me despedir do Matheus tão cedo. Olha lá o que você vai fazer, hein Gi.
DESCONHECIDO 452: Chorão, você arrasa no drama, parceiro. Valeu pela foto, espero te ver na novela das oito.
GINA: Enfim nos encontramos.
BRÁULIO: Pessoal que tá querendo tirar a foto, aguenta um momentinho só que eu preciso conversar aqui agora.
CAROLINE: Tá fazendo sucesso mesmo o seu vídeo, hein Bráulio.
BRÁULIO: Vocês viram? Você viu, Gina?
GINA: O que você acha, Bráulio?
BRÁULIO: Pela sua cara acho que sim.
CAROLINE: Matheus, vamos comigo pegar uma bebida.
MATHEUS: Vamos sim, linda.
BRÁULIO: Olha, Gi. Desculpa por...
GINA: Não diz nada, não, Bráulio. Eu não quero mais saber de nada que venha de você. Eu achava que você fosse especial, mas é apenas mais um Pinóquio que apareceu na minha vida.
BRÁULIO: Não é bem assim, eu posso explicar.
GINA: Não tem o que explicar. Eu não quero mais nada com você. Aproveita a sua fama momentânea e vê se consegue outra trouxa pra você ficar. Tchau, Bráulio.
BRÁULIO: Espera aí, Gi. Não vai embora, não.
IVETE SANGALO: Tá havendo um tumulto ali no meio, hein papai? O que tá acontecendo aí minha gente? Joga uma luz ali no meio, se der, produção.
BRÁULIO: Gi, volta aqui! - Ué que luz é essa?
CAROLINE: Olha lá. Parece que o seu amigo virou destaque do show.
IVETE SANGALO: Meus amores, desamontoa ai que eu quero saber o que é que tá acontecendo.
PRODUTOR: Ivete, tem um cara que tá chamando a atenção por causa de um vídeo dele de Whatsapp. É o tal do chorão da lapada.
IVETE SANGALO: Obrigado, nego. Eu sei quem é, já vi esse vídeo. - Ô produção, faz um favor. Chame o chorão da lapada aqui pro palco. Povo desse meu Salvador, vocês querem ou não que o chorão da lapada suba aqui?
MULTIDÃO: Sim!
IVETE SANGALO: Então, meu rei. Tá esperando o que? Suba já pra cá pra eu te dar um chêro.
MATHEUS: Só pode ser brincadeira.
BRÁULIO: Mas é pra já, minha rainha!
Na hora em que ele subiu no palco não se conteve. Correu até a Ivete e a abraçou. As pessoas gritavam "chorão". Certamente Bráulio virou a sensação da noite do carnaval baiano. Muita gente gritando, a Ivete sorrindo. Bráulio estampava na sua cara o prazer real de sua felicidade. Naquele momento passou um filme na cabeça dele, do pior momento de sua vida até o seu auge ali no palco, ao lado de Ivete Sangalo em pleno carnaval de Salvador. O que poderia ser um sonho para muita gente, para Bráulio era pura realidade.
IVETE SANGALO: Bora tocar Lapada na Rachada, banda? Vamo simbora, meu rei. Antes de dançar pra valer, quer dizer alguma coisa?
BRÁULIO: Fala Salvador. Meu nome é Bráulio e mês passado fui abandonado por uma vaca que regaçou o meu coração. Só que hoje eu to aqui, ao lado de Veveta, pronto pra abalar geral com essa multidão maravilhosa do maior carnaval que esse planeta pode ter. Eu sou o cara mais feliz do mundo, porra! Jéssica, olha só aonde eu to, sua biscate... Chupa!
IVETE SANGALO: Bora dançar, meu nego. Pense numa mina linda, a danada enlouqueceu. A macharada ficou doida quando ela apareceu...
MATHEUS: O meu maior orgulho é ser o melhor amigo desse cara.
CAROLINE: Hum. É mesmo?
MATHEUS: Segundo maior orgulho. O primeiro foi ter conhecido você, claro.
CAROLINE: Ah bom!
IVETE SANGALO: Você pede e eu te dou lapada na rachada. E aí, tá gostoso? Lapada na rachada...
Essa noite histórica na vida de Bráulio ficou documentada, afinal os shows do carnaval de Salvador são todos transmitidos na tv. O discurso dele contagiou a todas as milhares de pessoas que estavam ali presentes e que o aplaudiram demais. Esse desabafo alegre pronunciado por um cara que fez sucesso com o seu maior desgosto, mesmo que tenha sido sem intenção, mostrou para todos ali presentes que é possível se dar a volta por cima mesmo quando as coisas andam péssimas. Porém, a maioria ali estava bêbada e só estavam gritando apenas porque era uma zoeira sem fim. Por outro lado é muito interessante ver que uma pessoa pode mudar a vida de uma hora para a outra, basta ela querer mudar.
Matheus aproveitou a sua última noite em Salvador com Caroline, no hotel dela. Bráulio depois do êxtase de dançar no palco a música da desgraça da vida dele ao lado de Ivete, caiu na real ao lembrar que Gina havia terminado o breve romance que eles tiveram. Ele até tentou fazer com que ela abrisse a porta do quarto do hotel, mas não abriu. Inconformado, voltou ao seu hotel de meia estrela e arrumou suas coisas para poder pegar o avião logo cedo.
No dia seguinte, Matheus chegou ao quarto para arrumar a sua mala e encontrou Bráulio já pronto para voltar para a casa, mas reparou na cara triste que ele possuía. Então o abraçou e o agradeceu por ele ter topado entrar nessa loucura. Se você procura ter uma amizade sadia e duradoura, procure se espelhar nesses dois, pois eles são amigos de verdade.
MATHEUS: Que noite ontem, hein Bráulio.
BRÁULIO: Nem me fale. Foi tudo muito louco, muito intenso.
MATHEUS: Me diz aí... Como é a sensação de estar no palco de Veveta?
BRÁULIO: É a maior adrenalina do mundo, Matheus. Vou sonhar uns dez anos seguidos com aquelas pernas lindas que ela tem. Ela é linda e muito simpática, tanto que me deu até apoio pra levantar a cabeça e seguir em frente num papo que tive com ela nos bastidores do show.
MATHEUS: Quem diria, Ivete Sangalo te dando apoio moral. Tá bem na fita, hein, Caráulio.
BRÁULIO: Ela não tinha escolha, afinal o famoso ali no palco era eu. Não tinha como se render ao meu chame.
MATHEUS: Contou pra ela que assiste Gossip Girls, também.
BRÁULIO: Não, isso não tinha nem como contar. Ela já me via como um trouxa fodido na vida, e aí viado ainda por cima? Nada disso, Matheuzin, eu sai aplaudido por toda aquela gente. O antigo Bráulio está de volta... Só que ganhei esse showzaço ontem, mas perdi o grande amor da minha vida, né.
MATHEUS: Tenta conversar com ela, irmão.
BRÁULIO: Eu tentei. Fiquei quase duas horas em frente a porta dela implorando para ela abrir. Não abriu, fazer o que. Paciência. Agora é bola pra frente e vamos logo pra não perdermos o voo.
Matheus aproveitou a sua última noite em Salvador com Caroline, no hotel dela. Bráulio depois do êxtase de dançar no palco a música da desgraça da vida dele ao lado de Ivete, caiu na real ao lembrar que Gina havia terminado o breve romance que eles tiveram. Ele até tentou fazer com que ela abrisse a porta do quarto do hotel, mas não abriu. Inconformado, voltou ao seu hotel de meia estrela e arrumou suas coisas para poder pegar o avião logo cedo.
No dia seguinte, Matheus chegou ao quarto para arrumar a sua mala e encontrou Bráulio já pronto para voltar para a casa, mas reparou na cara triste que ele possuía. Então o abraçou e o agradeceu por ele ter topado entrar nessa loucura. Se você procura ter uma amizade sadia e duradoura, procure se espelhar nesses dois, pois eles são amigos de verdade.
MATHEUS: Que noite ontem, hein Bráulio.
BRÁULIO: Nem me fale. Foi tudo muito louco, muito intenso.
MATHEUS: Me diz aí... Como é a sensação de estar no palco de Veveta?
BRÁULIO: É a maior adrenalina do mundo, Matheus. Vou sonhar uns dez anos seguidos com aquelas pernas lindas que ela tem. Ela é linda e muito simpática, tanto que me deu até apoio pra levantar a cabeça e seguir em frente num papo que tive com ela nos bastidores do show.
MATHEUS: Quem diria, Ivete Sangalo te dando apoio moral. Tá bem na fita, hein, Caráulio.
BRÁULIO: Ela não tinha escolha, afinal o famoso ali no palco era eu. Não tinha como se render ao meu chame.
MATHEUS: Contou pra ela que assiste Gossip Girls, também.
BRÁULIO: Não, isso não tinha nem como contar. Ela já me via como um trouxa fodido na vida, e aí viado ainda por cima? Nada disso, Matheuzin, eu sai aplaudido por toda aquela gente. O antigo Bráulio está de volta... Só que ganhei esse showzaço ontem, mas perdi o grande amor da minha vida, né.
MATHEUS: Tenta conversar com ela, irmão.
BRÁULIO: Eu tentei. Fiquei quase duas horas em frente a porta dela implorando para ela abrir. Não abriu, fazer o que. Paciência. Agora é bola pra frente e vamos logo pra não perdermos o voo.
Em uma estória como esta, repleta de coincidências, claro que o avião que eles pegaram era o mesmo das meninas. Seja o destino, ou o acaso novamente, as poltronas caíram próximas, umas do lado da fileira das outras. Já no voo, Bráulio topou trocar de lugar com a Caroline, para que ela pudesse sentar ao lado de Matheus e, claro, ele sentasse ao lado da Gina.
MATHEUS: Você topa ir comigo no Playcenter um dia?
CAROLINE: Até iria, mas acontece que o Playcenter já fechou faz anos.
MATHEUS: Ah, claro. Eu já sabia. Só estava te testando para saber se está esperta.
BRÁULIO: Gina, tá dormindo?
GINA: Tô.
BRÁULIO: Eu poderia ter um minuto da sua atenção, rapidinho? Nunca te pedi nada...
GINA: Não.
BRÁULIO: Então tá.
CAROLINE: Gi, dá uma chance pra ele vai.
GINA: Não, Carol. Ele não merece chance alguma.
MATHEUS: Merece sim. Porra, o cara assumiu que a ex dele é uma biscate na frente da Ivete Sangalo e de milhares de pessoas, fora as que estavam assistindo pela tv.
CAROLINE: Verdade, esse foi um bom argumento.
BRÁULIO: Eu ia esperar você me dar atenção para te dizer uma coisa, mas vou dizer mesmo assim. A Ivete Sangalo mandou um beijo para você, Gi.
GINA: Isso é mais uma das suas mentiras, não vou cair nesse papo besta seu porque sei que não é verdade.
BRÁULIO: Mas é verdade. Eu não gosto de mentiras, ninguém gosta. Não tem o porque eu mentir sobre isso.
GINA: Você me dizer que ela mandou esse beijo pra mim, pra me convencer a te dar atenção é uma coisa. Outra é você me provar algo que não tem como provar.
BRÁULIO: Tem sim. Tá aqui.
GINA: O que é isso?
BRÁULIO: Isso ai é o folheto guia dos eventos que rolaram no carnaval, mas no verso é o autógrafo da Ivete e o beijo que ela mandou para você. No caso chêro, que quer dizer a mesma coisa, mas em baianês.
GINA: "Um grande chêro para Gina, o amor de carnaval do meu nego Bráulio. Com amor, Ivete Sangalo".
BRÁULIO: Está chorando?
GINA: E tem como não chorar?
BRÁULIO: Eu sei que foi um enorme vacilo eu ter mentido pra você. Desculpa, mesmo, Gi. Acontece que eu não queria mais lembrar de todo aquele mal que me sufocava, para mim era como nunca tivesse acontecido. Olha, eu ia pedir a mão de uma menina que nunca me retribuiu um sentimento se quer em quatro anos de namoro. Seria o maior erro da minha vida caso ela aceitasse, porque ela me traiu e me enganou o tempo que pôde. Já você retribuiu todo o sentimento que eu precisava em apenas algumas horas e acabei me apaixonando por você sem eu perceber.
GINA: Você está sendo sincero, mesmo? Não está mentindo?
BRÁULIO: Gi... Você acha que eu vou arriscar em mentir mais uma vez e acabar perdendo a pessoa que me mostrou o quanto é bom ter um amor correspondido? Eu não sou besta, sei que você também está gostando de mim e só eu sei o quanto posso te retribuir por me fazer um cara feliz.
GINA: Você está errado perante ao que eu sinto por você.
BRÁULIO: Você não está gostando de mim, então?
GINA: Não.
BRÁULIO: Ah tá, tudo bem. Eu não queria nada mesmo...
GINA: Eu também estou apaixonada por você, Bráulio.
BRÁULIO: Ufa, ainda bem. Porque eu já estava pensando em me levantar e matar o piloto pra derrubar esse avião.
GINA: Hahaha. Como sempre, bobo.
BRÁULIO: Você não tem ideia de como me faz feliz ver você sorrir.
MATHEUS: Carol, aposto que essa frase gay ele copiou do Gossip Girls.
BRÁULIO: Cala a boca, Matheus. Não fode!
E foi assim, após um beijo ardente de reconciliação, que a vida de Bráulio voltou ao normal, sem filmes tristes ou seriados femininos. Fiquei sabendo que eles vão se casar, daqui uns dez anos. Agora os rolês de Bráulio e Matheus são apenas em casal, em São Paulo. Pelo menos eles aproveitaram bem o carnaval em Salvador, foram em todos os shows e pularam bastante, tanto que na última radiografia que Matheus fez acusou um osso partido no pé direito. - Ele xinga a tia do dia da dança do caranguejo até hoje.
Bráulio não vai precisar mais se preocupar com a música tema de seu namoro com Gina, pois We Are Carnaval virou um hit símbolo do maior feriado brasileiro, mas combina com qualquer época do ano. Quem não gosta dessa música? Ele também acabou vendendo a aliança que havia comprado e, com o dinheiro arrecadado, acabou pagando uma viagem para Matheus fazer com a Caroline, como gratidão pela vigem deles a Salvador. Recentemente ele ficou sabendo que a sua ex acabou engravidando do cara que sempre aparecia nas fotos ao lado dela. Ele agradeceu não ter sido dele a criança, mas isso seria impossível pois ela já não transava fazia muito tempo, com ele.
MATHEUS: Você topa ir comigo no Playcenter um dia?
CAROLINE: Até iria, mas acontece que o Playcenter já fechou faz anos.
MATHEUS: Ah, claro. Eu já sabia. Só estava te testando para saber se está esperta.
BRÁULIO: Gina, tá dormindo?
GINA: Tô.
BRÁULIO: Eu poderia ter um minuto da sua atenção, rapidinho? Nunca te pedi nada...
GINA: Não.
BRÁULIO: Então tá.
CAROLINE: Gi, dá uma chance pra ele vai.
GINA: Não, Carol. Ele não merece chance alguma.
MATHEUS: Merece sim. Porra, o cara assumiu que a ex dele é uma biscate na frente da Ivete Sangalo e de milhares de pessoas, fora as que estavam assistindo pela tv.
CAROLINE: Verdade, esse foi um bom argumento.
BRÁULIO: Eu ia esperar você me dar atenção para te dizer uma coisa, mas vou dizer mesmo assim. A Ivete Sangalo mandou um beijo para você, Gi.
GINA: Isso é mais uma das suas mentiras, não vou cair nesse papo besta seu porque sei que não é verdade.
BRÁULIO: Mas é verdade. Eu não gosto de mentiras, ninguém gosta. Não tem o porque eu mentir sobre isso.
GINA: Você me dizer que ela mandou esse beijo pra mim, pra me convencer a te dar atenção é uma coisa. Outra é você me provar algo que não tem como provar.
BRÁULIO: Tem sim. Tá aqui.
GINA: O que é isso?
BRÁULIO: Isso ai é o folheto guia dos eventos que rolaram no carnaval, mas no verso é o autógrafo da Ivete e o beijo que ela mandou para você. No caso chêro, que quer dizer a mesma coisa, mas em baianês.
GINA: "Um grande chêro para Gina, o amor de carnaval do meu nego Bráulio. Com amor, Ivete Sangalo".
BRÁULIO: Está chorando?
GINA: E tem como não chorar?
BRÁULIO: Eu sei que foi um enorme vacilo eu ter mentido pra você. Desculpa, mesmo, Gi. Acontece que eu não queria mais lembrar de todo aquele mal que me sufocava, para mim era como nunca tivesse acontecido. Olha, eu ia pedir a mão de uma menina que nunca me retribuiu um sentimento se quer em quatro anos de namoro. Seria o maior erro da minha vida caso ela aceitasse, porque ela me traiu e me enganou o tempo que pôde. Já você retribuiu todo o sentimento que eu precisava em apenas algumas horas e acabei me apaixonando por você sem eu perceber.
GINA: Você está sendo sincero, mesmo? Não está mentindo?
BRÁULIO: Gi... Você acha que eu vou arriscar em mentir mais uma vez e acabar perdendo a pessoa que me mostrou o quanto é bom ter um amor correspondido? Eu não sou besta, sei que você também está gostando de mim e só eu sei o quanto posso te retribuir por me fazer um cara feliz.
GINA: Você está errado perante ao que eu sinto por você.
BRÁULIO: Você não está gostando de mim, então?
GINA: Não.
BRÁULIO: Ah tá, tudo bem. Eu não queria nada mesmo...
GINA: Eu também estou apaixonada por você, Bráulio.
BRÁULIO: Ufa, ainda bem. Porque eu já estava pensando em me levantar e matar o piloto pra derrubar esse avião.
GINA: Hahaha. Como sempre, bobo.
BRÁULIO: Você não tem ideia de como me faz feliz ver você sorrir.
MATHEUS: Carol, aposto que essa frase gay ele copiou do Gossip Girls.
BRÁULIO: Cala a boca, Matheus. Não fode!
E foi assim, após um beijo ardente de reconciliação, que a vida de Bráulio voltou ao normal, sem filmes tristes ou seriados femininos. Fiquei sabendo que eles vão se casar, daqui uns dez anos. Agora os rolês de Bráulio e Matheus são apenas em casal, em São Paulo. Pelo menos eles aproveitaram bem o carnaval em Salvador, foram em todos os shows e pularam bastante, tanto que na última radiografia que Matheus fez acusou um osso partido no pé direito. - Ele xinga a tia do dia da dança do caranguejo até hoje.
Bráulio não vai precisar mais se preocupar com a música tema de seu namoro com Gina, pois We Are Carnaval virou um hit símbolo do maior feriado brasileiro, mas combina com qualquer época do ano. Quem não gosta dessa música? Ele também acabou vendendo a aliança que havia comprado e, com o dinheiro arrecadado, acabou pagando uma viagem para Matheus fazer com a Caroline, como gratidão pela vigem deles a Salvador. Recentemente ele ficou sabendo que a sua ex acabou engravidando do cara que sempre aparecia nas fotos ao lado dela. Ele agradeceu não ter sido dele a criança, mas isso seria impossível pois ela já não transava fazia muito tempo, com ele.
Então, o que podemos tirar de bom proveito dessa estória? As pessoas devem fazer como o Bráulio. Ao sentirem que as coisas estão indo de mal a pior, mudem o hábito. Procurem se abrir para o mundo exterior: se soltem, brinquem, viagem, divirtam-se. A vida é curta para desperdiçá-la com tristeza e pessimismos. Decepções acontecem o tempo todo, os problemas existem de monte, mas nada disso dever ser maior do que a felicidade e a alegria. Amem mais, riem mais, cantem mais, dancem, pulem, quebrem o pé, o salto: vivam. É preciso saber aproveitar as oportunidades e jamais fazer mal para alguém. Nada deve destruir a auto estima de uma pessoa: nem mesmo uma outra pessoa, nem mesmo um hotel meia estrela, nem mesmo uma gorfada na cara, ou até mesmo um vídeo não autorizado. Viva como o Bráulio. Ou vai me dizer que não queria estar no lugar dele?
Autor: Caio Estrela.
Autor: Caio Estrela.
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