18...

O tempo passa tão depressa que a gente não percebe. Parece que foi ontem que eu apenas brincava, destruía as coisas e agitava a todos com o meu bom senso de criança. Desde então vim construindo a minha personalidade sobre as minhas principais características infantis. O mais engraçado é que eu fiz 18 anos e nada mudou...
A minha vida, que eu sempre tento levar com maior tranquilidade e felicidade possível, sempre foi meio monótona, mas com muitas surpresas e imprevistos. Eu não sei realmente se fazer 18 vai me ajudar a crescer, eu me vejo todos os dias no espelho como um cara divertido e engraçado e não como um rapaz sério. Tento levar a vida com disposição sempre, mesmo que a preguiça atrapalhe às vezes.
Durante esses 18 anos, conheci muita gente. Hoje a minoria anda comigo, ou eu costumo visitar. Amigos e amores sempre vem e vão, assim como o dia e a noite. Amizades sempre foram bem-vindas para mim, desde pequeno sempre procurei ser o mais amigo possível, com isso aprendi a fazer amizade de uma maneira fácil. Durante todo esse tempo, poucos eu considero especiais.
No amor as coisas nunca foram as melhores, já tive vários lances e poucas namoradas. Os lances que eram bons eu sempre tentei levar em frente, mas a maioria não deu certo. Não desmerecendo nenhuma namorada que eu tive, mas nenhuma me deixou realmente feliz, ou fazia pelo menos o meu estilo. Pior ainda quando a gente tem uma pessoa no coração, mas que jamais podemos ficar com ela outra vez. Primeiro amor a gente nunca esquece...
Sempre fui criativo, mas nunca estudioso. Por mais que eu tenha passado a metade da minha vida tirando boas notas, nesses últimos (e mais importantes) anos eu sempre deixei um pouco a desejar. Sempre odiei a parte de contas, sou contra a qualquer tipo de contagem ou fórmula. Porém em algumas outras matérias sempre fui de acordo com o meu desempenho nas aulas. A escola me ofereceu um pouco de conhecimento, sou grato por isso. Mas só por isso...
Desde pequeno eu sempre gostei de interpretar e cantar. Sempre que eu brincava procurava imaginar as coisas, eu realmente brincava com a ilusão e dava vida aos brinquedos. Quando eu assisti o Toy Story 3 me identifiquei ao modo que o Andy, personagem do filme, brincava com os brinquedos dele. Então sempre tive facilidade para brincar com a voz e com o corpo, por isso escolhi ser ator. Cantar no chuveiro sempre foi a minha onda, além de tudo gosto também de tocar. Sinto saudade e falta de tocar um samba no quintal, ninguém sabe a falta que o meu pai faz quando o assunto é samba, sempre toquei com ele, aprendi com ele. Queria que ele estivesse aqui pra gente tocar como sempre fizemos.
Quando pequeno eu era agitado, não tinha noção das coisas e não sabia o que era responsabilidade ou juízo. Aprendi muito com os erros do meu pai, por isso sou bem concentrado naquilo que eu faço e sempre tento levar uma vida correta. Honestidade e humildade acima de tudo. Eu queria voltar no passado pra tentar consertar tudo que deu errado, mas às vezes penso que a ilusão e a lição da morte fizeram eu me tornar um ser mais completo. Mato a minha saudade em sonhos, às vezes meu pai aparece neles... É estranho, mas esses sonhos são os mais reais de todos.
Simplesmente eu devo tudo à minha família. Pela educação que eu recebi, pelo carinho e pelo amor que todos me oferecem, por acreditarem no que eu posso oferecer, por acreditarem naquilo que eu quero para mim e por me ajudar em tudo que eu preciso. Assim como agradeço a todos os meus amigos, que me compreendem e se divertem comigo. A vida, que parece que faz muito tempo que começou, está começando a partir de agora. Com isso a responsabilidade aumenta, tornando a vida mais difícil do que foi até agora. Espero levar ela com dignidade, para poder viver feliz sempre.

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