Um menino muito esperto
Logo pela manhã de um sábado ensolarado, Lucas acorda feliz da vida e preparado para levar o resto do dia numa enorme tranquilidade. Ele é um menino diferente, pensa bastante antes de fazer alguma coisa, acredita naquilo que ele faz e procura conhecer o que ele desconhece.
Hoje, Lucas é maduro e tem quinze anos de idade, mas antigamente ele era muito ignorado pelos outros e sempre era tratado muito mal. Para chamar a atenção, ele gostava de cantar músicas que ele ouvia em casa.
Com cinco anos, Lucas fez vários amigos e ensinou à eles o jeito mais legal de brincar em grupo, ensinou também os valores que uma criança tem. Ele não era o menino mais inteligente, mas era o que mais reparava em tudo.
Lá pelos dez anos, ele já havia experimentado várias das melhores coisas que se pode ter na vida e o amor foi a primeira delas. O Lucas teve o primeiro beijo aos nove anos e, depois disso, ele começou a reparar em como o amor é algo tão complexo.
Aos doze anos, tudo que tem som era o principal foco dele. Ele se aprofundou em querer entender e compreender o grande feito sonoro, ele queria mesmo saber da onde que o som surge e porque isso acontece. Ao invés de jogar bola, ele gostava de mexer nos rádios antigos do pai.
Já com quinze, ele busca se aprofundar no conhecimento. O Lucas sabe tocar violão, percussão em geral, piano e sabe cantar muito bem. Ele sabe o nome de todos os países do mundo, conhece todos os tipos de contas, sabe todos as regras da lígua portuguesa e fala inglês fluentemente.
Todo dia ele visita a sua namorada Lívia, uma menina linda e muito inteligente. Foi ela quem ensinou a ele todos os outros tipos de contas que eles ainda não haviam aprendido. A Lívia gosta demais do Lucas, isso torna a química entre eles ainda mais fávorável.
Na tarde do sábado ensolarado, Lucas estava voltando para a sua casa - Ele havia ido ao centro para comprar uma guitarra nova - e de repente um homem o abordou na calçada. Era um homem de cabelos brancos, estava sujo e parecia revoltado.
O Lucas não soube o que fazer, ficou assustado com a presença do senhor, que apenas queria dinheiro para comprar comida. Muito generoso, Lucas resolveu levar o senhor em uma padaria e resolveu pagar uma refeição, ao invés de dar o dinheiro apenas.
O senhor rejeitou a boa vontade e partiu. Lucas ficou chateado e percebeu que a ajuda foi em vão. Já era quase de noite quando ele estava chegando perto de sua casa e, no caminho, reparou que uma menina estava chorando na calçada.
Decidido a ajudar, Lucas quis saber o que havia acontecido. Não era nada demais, apenas um gato que estava preso na árvore. Logo ele lembrou que gatos sabem se agarrar firme em algo que seja cilíndrico. Pediu dois cabos de vassoura e uma fita isolante, juntou os dois cabos e colocou do lado do gato, em seguida o gato agarrou e desceu.
Na esquina da sua casa, ele avista um rapaz roubando uma mulher. Lucas, em vez de ligar para a polícia, resolveu ajudar a mulher. Ao se aproximar, ele reparou que o ladrão estava com uma faca e tentou não fazer barulho, para não tirar a concentração do homem e para evitar ferimentos não cauculáveis.
Agachado, Lucas pegou o ladrão de surpresa e o desarmou. Fez com que o ladrão devolvesse as coisas que não eram dele e pediu para a mulher fugir - Com treze anos ele teve aula de judô com um tio dele - e depois fez o homem desmaiar com um golpe.
O Lucas chegou na sua casa e foi para o quarto. Colocou uma música bem alta e começou a dançar sozinho, pegou uma troca de roupa e uma toalha e seguiu ao banheiro do seu quarto. Antes de entrar no banho, ele olhou para o lado de fora da casa através da janela e viu dois meninos brincando de bola na rua.
Ao entrar no banheiro, Lucas escuta um estrondo e um grito bem alto. Um dos meninos que estava jogando bola havia sido atropelado e estava desmaiado na rua. Lucas correu para ajudar, ao se aproximar observou que a coisa era séria. Ninguém sabia o que fazer naquele momento, o motorista do carro desesperado. Lucas procurou saber se o menino estava respirando - O resgate já estava a caminho - e notou que ele não estava. No momento, Lucas fez respiração boca a boca e tentou fazer o menino respirar. Nada estava adiantando, então ele pegou o menino no colo, colocou no carro e pediu para o motorista levar o menino até o hospital, que ficava perto dali.
Antes de entrar em sua casa, Lucas ficou esperando Lívia chegar. - Ela sempre vai sábado às nove da noite para a casa dele - A Lívia chegou. eles entraram na casa e foram para o quarto, assistir um filme. Lucas contou para ela que o seu dia foi agitado e cheio de coisas estranhas.
Nos dias seguintes ele passou a ser ainda mais apreensivo e a reparar ainda mais nas coisas. Ser esperto não é apenas um jeito de ser e, sim, um dom. Tudo que acontece por perto do Lucas não são coisas simples de resolver. Tirar um gato de uma árvore tem várias maneiras, subir a árvore é uma delas, mas corre o risco de o gato se sentir ameaçado e não querer descer.
Se todas as crianças se dedicassem e reparassem nas coisas, o mundo de hoje seria ainda mais inteligente. Ser esperto é algo que todos devem ser, mas a minoria acaba usando isso para ajudar a si mesmo e ao próximo. O Lucas é um dos poucos que sabem de muitas coisas e, mesmo sendo jovem, ainda consegue encará-las. E um dia com acontecimentos estranhos é normal na vida de uma pessoa, basta o mesmo reparar e ser esperto para poder deixar tudo ainda mais emocionante, assim como o menino Lucas.
Autor: Caio Estrela
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